Há pouco mais de um ano, o Estado de Goiás foi violentado, o Governo entregou a maior empresa do Centro Oeste, a Celg para a estatal italiana Enel, a preço de bananas. Entre todos os absurdos que envolveu negociata estava a isenção de ICMS, causando prejuízo ao Estado de quase R$ 100 milhões por mês. De lá para cá muita coisa mudou: a Celg piorou o fornecimento de energia; demitiu mais de 50% dos trabalhadores (concursados, qualificados e conhecedores do funcionamento da antiga estatal); a energia subiu 5 vezes mais que a inflação; precarizou ainda mais os serviços com inúmeros o apagões.
Mas, como diz os mais experientes “notícia ruim chega rápido”. A Enel está recebendo do Governo do Estado de Goiás o perdão de quase R$ 3 bilhões. Lembramos que o Governo de Goiás vendeu sua parte na estatal por apenas R$ 1,1 bilhões para pagar dívidas do Estado. E agora?!? Como fechar essa conta, onde R$ 1,1 bilhões valem mais que R$ 3 bilhões?
A distribuidora privatizada é a segunda maior contribuinte de ICMS, e deixa de pagar aos contribuintes 150 milhões por mês. Dinheiro dos goianos, que deveria ser usado para educação, saúde, segurança. Mas, o Governo do Estado junto a Assembleia legislativa assinam mais atestado de descompromisso que povo trabalhador.
A ADI – Ação Direta de Constitucionalidade, apresentado pelo PSOL, contra a isenção de imposto (crédito outorgado) tem parecer favorável da procuradoria e este perdão também será questionado. O STIUEG recorrerá ao Ministério Público a fim de contestar mais essa barbaridade.
O povo goiano não foi consultado sobre a venda da Celg e não foi consultado sobre mais esse presente aos italianos donos da Enel. Vamos a luta!
Reestatização Já!