O STIUEG convocou os trabalhadores da Saneago e a comunidade em geral para participarem de um debate, que aconteceu no dia 08/03, no auditório da Câmara Municipal de Goiânia. Na oportunidade foi discutido a abertura de Capital na Saneago e mostrar que a intenção da empresa de vender 25% das ações ao mercado privado se encaixa nos planos do Governo Federal, que quer entregar as grandes empresas de saneamentos e nossos recursos naturais para o capital estrangeiro.
O assunto foi explanado e debatido por três personalidades importantes no cenário do saneamento nacional:
Edson Aparecido da Silva Sociólogo Assessor de Saneamento da Federação Nacional dos Urbanitários – FNU e Coordenador do Fama, falou que a luta pelo saneamento público e de qualidade não pode ter fim e convocou todos os presentes para participar do Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA) que acontecerá, agora em Março, em Brasília.
Raimundo Rodrigues Pereira é diretor da Editora Manifesto e integrou a equipe que lançou a revista Veja em 1968. Foi repórter das revistas Realidade, Ciência Ilustrada e Isto É. O jornalista fez uma análise de conjuntura política no Brasil e falou da política de saneamento nacional e mundial. Segundo ele, em todos os lugares que o saneamento foi privatizado, a falta de investimentos em infraestrutura e os aumentos tarifários só prejudicaram a população.
O engenheiro civil Marcos Montenegro é Regulador de Serviços Públicos da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), exercendo nesta Agência a função de Superintendente de Resíduos Sólidos. Ele disse que as empresas públicas brasileiras estão sendo postas à venda e que o setor de saneamento é um dos mais visados internacionalmente, pois dá muito lucro. “Estão vendendo o País e a Saneago está no meio disso, portanto é preciso parar este movimento entreguista aqui dentro do Estado”.
Para os diretores do STIUEG este seminário foi fundamental, pois deu início à discussão da abertura de capital de 25% das ações da Saneago. A proposta desse evento é antecipar as discussões das ações do Governo e da própria direção da companhia de começar um processo de privatização do saneamento no Estado. Isto é muito grave, pois prejudica a universalização dos serviços de saneamento e atinge negativamente a população como um todo.
Este é um modelo que não deu certo em outras companhias de saneamento no País e por isso não podemos deixar que o saneamento seja sucateado nem vire alvo do capital privado que só visa o lucro e não quer realmente universalizar este serviço que é uma questão de saúde pública nacional.
Este é só o começo, por isso os Urbanitários de Goiás precisam permanecer Juntos e atentos ao chamado do seu sindicato para darmos continuidade à luta pela permanência do saneamento público e de qualidade, pois entendemos que água não é mercadoria!
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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