O atual presidente da CELG, Abel Rochinha, esta semana, concedeu entrevista ao Jornal O Popular e ao Bom Dia Goiás (TV Anhanguera) e o STIUEG entende que o presidente perdeu uma grande oportunidade de pedir desculpas à população que sofre com grandes apagões em todo o Estado, embora os jornalistas tenham feito perguntas diretas sobre os problemas, a fala do presidente girou em torno dos investimentos que serão feitos.
A ENEL está desde 14 fevereiro de 2017 no comando de uma das maiores empresas do Centro Oeste e faz com que a população do Estado passe um dos maiores vexames da história da distribuição de energia elétrica em Goiás. Tudo isso vem acontecendo por arbitrariedade administrativa que até aqui tem sido a marca da empresa, que chegou se desfazendo do seu quadro técnico capacitado que tinha knowhow para operar um sistema que, sabidamente, tinha problemas e tem até hoje.
Da mesma forma que, em situação de guerra, médicos conseguem estancar fraturas gravíssimas e ressuscitar pessoas em reações adversas, os trabalhadores (as) da CELG que foram demitidos pela ENEL tinham gabarito e bagagem técnica para solucionar os problemas que vieram com o sucateamento da empresa, mas esses profissionais nunca deixariam a população enfrentar tantas dificuldades com várias ocorrências de falta de luz. São apagões sucessivos em regiões grandiosas do Estado trazendo prejuízos para micro, pequenos e grandes empresários da cidade e do campo.
Não basta fazer apenas investimentos, tem que ter equipe com experiência em energia elétrica e o senhor presidente teve a infelicidade de dizer que os trabalhadores que saíram nos programas de demissões que houveram recentemente, tinham perfil de funcionários públicos. Os mais de mil funcionários demitidos, seja nos programas de demissão voluntária, ou não, receberam várias ameaças de que ou entravam no programa ou seriam demitidos sem justa causa.
O STIUEG entende que a tendência é piorar, pois a ENEL trabalha com alta rotatividade de empresas terceirizadas, que não mantém um padrão de excelência. No Rio de janeiro a empresa de energia AMPLA, também gerida pela ENEL é a segunda pior do país seguida pela CELG que está em primeiro lugar no ranking.
Então a boa prestação de serviços não é a marca da ENEL, porém a visão é do lucro, é do negócio que visa enviar dinheiro para a Itália e dividirá o patrimônio dos goianos com as grandes multinacionais.
É preciso que a população fique atenta, assim como os órgãos de fiscalização e que a justiça possa intervir a favor do povo porque senão Goiás será notícia nacional devido aos apagões com as subestações pegando fogo.
O adoecimento dos trabalhadores que estão sofrendo muita pressão também é um motivo de preocupação devido ao ritmo intenso de trabalho e a falta de responsabilidade da empresa de demitir sem critério. O povo de Goiás precisa de respostas e soluções imediatas, pois com quase um ano no comando da empresa a ENEL já teria que ter mostrado a que veio, e no entanto continua com o discurso vazio, tomando atitudes inconsequentes que só prejudicam a população.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
Todos os direitos reservados. Desenvolvido por Supera Web X