O STIUEG entende que uma empresa como a Saneago, pública, criada para atender a população com serviços de fornecimento de água e esgoto, não pode e não deve se tornar uma máquina de fazer dinheiro para grupos privados.

A tal abertura de Capitais é uma grande jogada enquanto a questão da privatização não avança no negócio da água graças aos imbróglios jurídicos que demandam nessa questão, como por exemplo, a titularidade nas mãos dos municípios, o que impede a possibilidade de privatização no atacado.

Assim, obter ações passa a ser um grande negócio para quem compra ações, ganhar dinheiro fácil a cada distribuição de lucros. Observe o caso da Sabesp, que muda seu perfil de empresa pública, de transformação de Água e Esgoto e com o compromisso social, para justamente distribuir ganhos a acionistas. A ordem é o lucro em detrimento, inclusive, a investimentos como vários especialistas afirmam em São Paulo no caso da crise hídrica.  

"No meu ponto de vista, não deveria ter vendido (ações no mercado financeiro). Pode ser até que eu perca meu emprego pelo que estou falando, paciência. Eu prefiro estar em paz com a minha consciência. Porque acho que saneamento tem que ser suprido pelo poder público", disse  Wanderley Paganini (superintendente da SABESP) durante seminário sobre a crise hídrica na Procuradoria Regional da República da 3ª. Região, na zona sul da capital. (trecho de matéria 26 Fevereiro 2015 da Folha de S. Paulo)

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