O presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, disse em entrevista ao G1, que são “remotíssimas” as chances de dívidas da estatal no valor de R$ 40 bilhões terem o vencimento antecipado caso a empresa seja deslistada (perca o registro) na bolsa de Nova York (NYSE).
Neto fez a declaração pouco depois de a negociação das ações da Eletrobras na NYSE ser suspensa. A medida foi adotada porque a estatal brasileira não entregou seu balanço auditado de 2014 à SEC, que é o órgão regulador do mercado dos Estados Unidos, equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil.
A auditoria visa apontar eventuais prejuízos com irregularidades em obras da usina nuclear Angra 3, investigadas pela operação Lava Jato.
A NYSE vai agora abrir um processo, que deve durar pelo menos dois meses, para avaliar se as ações da Eletrobras serão deslistadas. Na segunda (16), o novo ministro do Planejamento do governo Temer, Romero Jucá, disse que, se essa decisão for tomada, o Tesouro Nacional pode ter que arcar com R$ 40 bilhões em dívidas da empresa.
“Não tem escrito cláusula nos contratos de empréstimo da Eletrobras dizendo que, se a gente for deslistado, a dívida é antecipada”, disse o presidente da Eletrobras ao G1. “É zero ou muito próxima de zero, remotíssima [a chance de antecipação do vencimento dos R$ 40 bilhões em dívidas]”, completou ele.
De acordo com Neto, os R$ 40 bilhões se referem à dívida total do sistema Eletrobras. Ele apontou que “boa parte” desse valor tem como credores bancos públicos brasileiros, como o Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) que, não visão dele, não teriam interesse em antecipar a cobrança de suas dívidas.
‘Fizemos de tudo’
O presidente da Eletrobras disse que terá agora um prazo de 2 a 4 meses para recorrer da decisão da NYSE de suspender a negociação de suas ações. Ele disse esperar que, nesse período, seja concluída a apuração interna sobre prejuízo na estatal com irregularidades nas obras de Angra 3.
Sem a conclusão dessa investigação, a KPMG, empresa que está fazendo a auditoria do balanço de 2014, se nega a assinar o documento.
Neto afirmou que a direção da Eletrobras “fez de tudo o que foi necessário” para que a investigação fosse concluída e, o balanço, auditado. Segundo ele, faltou tempo.
“A administração fez tudo o que foi necessário em termos de levantamento de dados e abertura de arquivos, afastamento de algumas pessoas denunciadas, transparência do processo, a contratação de pessoas para ajudar nessa investigação. Tudo é lisura, todos os dados, as informações. Não tem mais o que se podia fazer”, disse.
De acordo com ele, se a Eletrobras não conseguir evitar a deslistagem, vai adotar, depois, as medidas para voltar a poder a negociar as ações na bolsa de Nova York.
Do G1, em Brasília
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