No dia 28/12, nos embalos dos festejos de fim-de-ano, a Eletrobrás realizou uma assembleia geral extraordinária (AGE) dos acionistas em que constavam itens como privatização e a renovação da concessão das distribuidoras federais.
Durante a AGE e contra o projeto de privatização da Eletrobras pelo governo federal, companheiros(as) da CELG, do setor elétrico de vários Estados do País, juntamente com trabalhadores(as) da CSP-CONLUTAS, CUT, CTB, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), do Movimento Camponês Popular (MCP), etc., fizeram um grande ato em frente à sede da Eletrobrás, em Brasília.
A AGE aprovou a renovação da concessão e venda da CELG, mas retirou de pauta os assuntos relacionados à capitalização, venda e renovação das concessões das demais distribuidoras federais. Portanto, o resultado da AGE é preocupante para sociedade e para os trabalhadores de todas as empresas.
O Diretor do STIUEG, João Maria de Oliveira disse que essa atitude mostra claramente o golpe que os governos Federal e Estadual deram nos Eletricitários de Goiás e do Brasil. No mesmo momento que permitiram a venda da CELG, tiraram da pauta a renovação das concessões das distribuidoras do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Piauí e Alagoas. “Ficou claro que a intenção é dividir e enfraquecer o movimento nacional deixando as portas abertas para o desmonte das outras empresas, com os trabalhadores divididos não haverá resistência” disse João Maria.
Não podemos permitir que aconteça em todo o Brasil e o que vem acontecendo em Goiás. A aliança entre PT e PSDB para vender a CELG está se estendendo a toda Eletrobras. Essa aliança do mal é fruto da mesma ideologia privatizante do atual modelo do setor elétrico. A riqueza do Brasil deve servir ao povo brasileiro e à humanidade, jamais deve servir aos gananciosos que querem lucrar com aquilo que não construíram. O STIUEG e a CSP-CONLUTAS convoca todos a permanecerem mobilizados, somando forças pela estatização de todo o setor elétrico nacional, lutado contra as ameaças aos direitos dos trabalhadores e ao patrimônio público.