Ontem, 06/10, os trabalhadores da CELG participaram de audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) que debateu sobre a possibilidade de privatização da CELG.

Os convidados para o debate foram o diretor para Assuntos Legislativos da Associação Latino-Americana de Advogados Laboralistas, Maximiliano Nagil Garcez; o diretor do STIUEG Heliomar Palhares Pedrosa, representante dos empregados no Conselho de Administração da CelgPar, Wagner Alves Vilela Júnior; o representante do Ministério de Minas e Energia Oscar Salomãoe orepresentante do governo de Goiás, Simão Cirineu Dias.

Durante sua fala o diretor do STIUEG, Heliomar Palhares, disse que este momento é muito importante porque a privatização da CELG está sendo discutida em vários âmbitos. “Esta batalha está só começando e não há nada melhor do que o debate para que todos os pontos fiquem esclarecidos. Existem tantas coisas a serem discutidas e no confronto de idéias, os privatistas perdem e sempre perderão, pois quem vai pagar pela privatização será sempre o povo” disse o diretor.

Wagner Alves Vilela Júnior, representante dos empregados da Celg, defendeu a manutenção da empresa como patrimônio público, por considerar a energia elétrica um insumo estratégico. Ele também fez um apelo para que o governo federal avalie a questão do ponto de vista social. A eletricidade, na mão de empresas privadas que só operam pelo lucro, pode não chegar a todos os cidadãos, argumentou.

Na tentativa de impedir o processo, os senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO), Paulo Paim (PT-RS) e Lindbergh Farias (PT-RJ) decidiram apresentar emenda à Medida Provisória 693/2015, para retirar a empresa de energia estadual do Programa Nacional de Desestatização (PND), onde figura desde maio. A previsão é de que o governo federal publique o edital de licitação da companhia em novembro. A MP será analisada por comissão mista nos próximos dias.