Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (1°) pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel) aponta que 88% dos brasileiros consideram os preços pagos pela energia caros ou muito caros. O levantamento também mostra que, a 10 dez pessoas entrevistadas, seis classificaram as tarifas de energia praticadas hoje como abusivas.
Encomendado pela Abraceel, o estudo foi feito pelo Ibope em todo o país. A pesquisa ouviu 2.002 pessoas e tem margem de erro de 2 pontos percentuais.
De acordo com o levantamento, no período de um ano dobrou o número de pessoas que acham que a energia está muito cara. O índice saltou de 28% em 2014 para 57% em 2015. Já o total que considera a energia apenas cara passou de 39% para 31%. Os que consideram o preço justo caiu de 28% para 9%, e os que o classificam como barato foi 2% para 1%.
Ministro diz que resultado é 'natural'
Presente ao evento em que a pesquisa foi lançada, em Brasília, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou que o resultado é “natural”, já que o governo promoveu uma “reestruturação” das tarifas. Ao longo de 2015, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vem autorizando aumentos extraordinários da conta de luz devido ao forte aumento das despesas do setor elétrico.
O ministro também disse, porém, que “a pior tarifa de energia elétrica é não ter energia elétrica”, citando como exemplo o apagão de 2001. Segundo ele, apesar das dificuldades, o país tem conseguido garantir o fornecimento.
“Nós estamos enfrentando crise de falta de água nas nossas hidrelétricas, temos enfrentado grandes dificuldades com licenciamentos, sejam ambientais, sejam da Funai, sejam do Iphan. Mesmo assim, o robusto sistema elétrico brasileiro tem garantido o fornecimento de energia para o país”, defendeu.
Conta mais cara
Por conta da escassez de chuvas, que prejudicou o armazenamento nas represas das principais hidrelétricas do país, o governo vinha mantendo ligadas todas as térmicas disponíveis, desde o final de 2012. Como essa energia é mais cara, a medida contribuiu para a elevação do valor das contas de luz. Parte delas só foi desligada em agosto deste ano.
Também ajudou a aumentar os custos no setor elétrico o plano anunciado pelo governo no final de 2012 e que levou à redução das contas de luz em 20%. É que, para chegar a esse resultado, o governo antecipou a renovação das concessões de geradoras (usinas hidrelétricas) e transmissoras de energia que, por conta disso, precisaram receber indenização por investimentos feitos e que não haviam sido totalmente pagos. Essas indenizações ainda estão sendo pagas, e o custo tem sido repassado ao consumidor final por meio da elevação das tarifas.
O ajuste fiscal feito pelo governo Dilma Rousseff com o objetivo de reequilibrar suas contas também contribui para os aumentos mais fortes nas contas de luz em 2015. Isso porque o governo decidiu repassar aos consumidores todos os custos com os programas e ações no setor elétrico, entre eles o subsídio à conta de luz de famílias de baixa renda e o pagamento de indenizações a empresas. Em anos anteriores, o Tesouro assumiu parte dessa fatura, o que contribuiu para aliviar as altas nas tarifas.
Fonte: G1
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