Os números preocupantes da economia estão na cabeça de todo mundo. A inflação oficial veio na quarta-feira (10) acima das previsões e a energia foi o que mais encareceu. A conta de luz anda assustando em casa e nas empresas.
O pequeno comércio não começou a repassar esse custo maior para os produtos e serviços com medo de perder clientes. Por mais que todo mundo economize, a conta de luz está sempre mais alta. A tarifa está subindo mais do que a capacidade de adaptação dos consumidores.
Se você mora em prédio, o aumento da conta de luz pesa dobrado no bolso. Tem o reajuste dentro de casa e o da mensalidade do condomínio, que usa energia nos elevadores, na garagem e para iluminar as áreas comuns. Um levantamento feito em São Paulo mostrou que 85% dos edifícios residenciais estão pagando mais por isso.
Antes do reajuste, os moradores de um condomínio da Zona Oeste dividiam uma conta de R$ 6 mil. Agora, o valor subiu para R$ 10 mil, e o síndico está fazendo o que pode para tentar baixar um pouco. “Troca de lâmpadas por LEDs, que consomem muito menos. Se não tiver uma caixa de luz bem revisada vai gerar um consumo maior, então a gente procura fazer isso”, afirma Aldo Antonio Busuletti.
Mas tem gente que não tem o que desligar. Sabe aquela escova perfeita de salão? Pois é, só com secador muito potente. O corte de cabelo do Cristiano Ronaldo precisa de maquininha. E se a água do chuveirinho estiver fria, o cliente reclama. Tem ainda a secadora de toalhas, a máquina que esteriliza alicates. A conta do salão da Regina Célia Fernandes passou de R$ 300 para R$ 500. “Nós não podemos reajustar para os clientes. O pessoal reclama muito ne? Você não pode nem acrescentar R$ 5. Porque as pessoas falam assim: ‘Então vou fazer na minha casa’”, afirma a cabeleireira.
Na vizinhança está todo mundo reclamando. Uma lanchonete que abre 6h e só fecha de madrugada sempre consumiu muita energia. Mas tomaram um susto, porque em março pagaram R$ 1.041, e a conta de abril subiu para R$ 1.457.
Por enquanto quem está bancando essa diferença é o dono, porque ele acha que não é a hora de aumentar preço não. O que eles têm feito para diminuir um pouco o prejuízo é – pelo menos durante o período mais fresco- desligar uma das geladeiras durante o dia.
Eles ainda não receberam a conta do mês passado, mas calculam que, mesmo economizando, ainda vão pagar caro. A dúvida é até quando vão conseguir segurar o aumento sozinhos, sem aumentar o preço da coxinha, por exemplo.
O economista Rafael Leão diz que os comerciantes estão ficando sem saída. “Chega um momento, em alguns casos, que acaba sendo inevitável até para manter o próprio negócio, você não consegue absorver todo o aumento de custo que você tem. Então muitas vezes o empresário acaba tendo que repassar, se não integralmente, uma grande parte desse aumento dos custos. Mas é muito difícil em um momento em que a gente está com uma economia estagnada, praticamente em recessão, e isso dificulta um pouco esse repasse”, diz.
Ou seja, quando todo mundo resolver repassar os aumentos da energia para os preços dos produtos e serviços, o custo de vida vai subir ainda mais para todo mundo.
O brasileiro vem sentindo no bolso que o salário está cada vez mais curto. Em maio, o IPCA - que mede a inflação oficial - ficou em 0,74%, bem acima de todas as previsões. É a maior taxa para o mês desde 2008.
No ano, a inflação bateu os 5,34%, e nos últimos 12 meses o IPCA vem subindo mês a mês e fechou em 8,47%. É a inflação mais alta dos últimos 12 anos.
Fonte: G1
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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