A conta chegou e não está barata. Pelo contrário, com o último reajuste da tarifa de energia elétrica, chamado de extraordinário, os três primeiros meses do ano somam 42,83% de aumento. Desde janeiro, com a crise energética vivida no País, os consumidores perceberam que era preciso reduzir o consumo. Com os 27,7% repassados pela Celg D na última fatura, a necessidade se tornou urgente em Goiás. E, em setembro, ainda está previsto outro acréscimo: o reajuste anual.
Em Trindade, na casa do segurança Davi Atanael Siqueira, de 36 anos, no mês passado a conta era de R$ 44,50 e passou para R$ 101 neste mês. “Assustou e acho abusivo, pois tenho aquecedor solar para o chuveiro, que é campeão de consumo. Meu maior gasto era em época de Natal, quando vinha no máximo R$ 70, porque tinham as luzes.” Porém, o consumo também aumentou, passou de 65 quilowatts-hora para 119 kWh.
O problema é que o custo ampliou ainda mais e ficou fora do que era esperado. A justificativa, segundo a Celg D, é de que o governo federal não subsidia mais a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e o custo para geração de energia também subiu, por isso houve o repasse (veja quadro). “A revisão é por força do contrato de concessão, por eventos que elevam os custos das distribuidoras”, afirma a superintendente de economia da Celg D, Eliana Adati Senju.
Economia
“Em janeiro minha conta veio R$ 320, não me conformei porque não iria conseguir pagar e já mudei meus hábitos”, conta o empresário Edson Divino Alves da Silva, de 30 anos. De lá para cá, mês a mês, ele, a mãe e o pai se esforçam para que o valor se aproxime do que era em 2014, quando a média ficava em R$ 145. “Tiramos os aparelhos da tomada, desligamos as luzes dos cômodos, o tempo de banho foi reduzido – é de no máximo oito minutos – e evitamos o forno elétrico.”
O valor ficou menor, de R$ 294,69 em fevereiro para R$ 227,91 em abril. E o consumo caiu ainda mais, passou de 519 kWh para 314 kWh. “Percebi que tinha de cortar mais o gasto a cada mês.” O momento é comparado ao vivido em 2001, quando os consumidores também tiveram de criar maneiras de contornar a crise energética. O especialista em energia elétrica Augusto Fleury explica que energia cara é realidade, já que recorrer às usinas térmicas encarece a geração de energia e por isso está dentro do esperado para este ano.
Fonte: O Popular
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