É cada vez mais provável que a nota de crédito da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) seja rebaixada nos próximos dois meses, "se não ocorrer uma retomada nos níveis dos reservatórios", afirmou a agência de classificação de risco Fitch Ratings nesta segunda-feira (16).
Os níveis dos reservatórios mais importantes da empresa estavam em 15% nesta segunda. A Fitch apontou que houve pouca melhora desde novembro de 2014, quando o patamar era de 8,8%. "O risco de o governo implantar novas restrições ao abastecimento de água aumentou consideravelmente, elevando as incertezas com relação à capacidade de a companhia continuar prestando atendimento completo e de sustentar uma geração de fluxo de caixa operacional adequada em 2015", disse a agência.
Segundo o cálculo da Fitch, o ebitda da Sabesp pode cair em até 40% em 2015, para cerca de R$ 2,5 bilhões, de R$ 4,0 bilhões em 2013, se os níveis dos principais reservatórios não subirem substancialmente nas próximas 5 a 6 semanas.
"O fluxo de caixa operacional neste patamar resultará no aumento da alavancagem líquida (endividamento) para 3,8 vezes em 2015, quase o dobro da média de 2,0 vezes de 2012/13, o que poderá levar a um rebaixamento dos ratings", concluiu a agência.
Por outro lado, a Fitch afirmou acreditar que a Sabesp tem liquidez adequada, apesar da potencial perda de fluxo de caixa operacional em 2015. "A Fitch também considera positivo o histórico da Sabesp de acesso ao mercado de capitais local. A agência consideraria positivo se a empresa implementasse medidas de proteção de liquidez, reduzindo seu plano de investimentos até que o fluxo de caixa operacional se normalizasse", destacou.
Reservatório em nível crítico
O sistema de abastecimento Cantareira, o mais importante da empresa, está em condições críticas, apesar de um aumento nos níveis de água nas últimas semanas. Nesta segunda (16), os 15% armazenados da sua capacidade total, que já inclui 29 pontos percentuais adicionados quando a companhia iniciou a utilização das reservas técnicas.
O sistema Cantareira abastece, atualmente, 5,3 milhões de consumidores, cerca de 21% do total atendido pela Sabesp.
O segundo sistema de abastecimento de água mais importante, o Alto Tietê, atendia 4,5 milhões de consumidores e estava com 21% da sua capacidade de armazenagem nesta segunda.
Para Fitch, os dois reservatórios precisam terminar a temporada de chuvas com níveis de água em torno de 30% de capacidade para que a companhia consiga atender à demanda regular de seus clientes.
A agência acredita que os principais reservatórios da Sabesp não devem se recuperar até o final da temporada de chuvas, em torno de meados de abril. Nos últimos cinco anos, os sistemas Cantareira e Alto Tietê diminuíram 27 pontos percentuais, em média, de maio a novembro.
Ainda segundo a Fitch, os potenciais aumentos da tarifa não seriam suficientes para compensar este cenário mais fraco.
"A companhia dispõe de espaço limitado para neutralizar a pressão sobre sua geração de fluxo de caixa livre através da redução de custos e, até mesmo, menor capacidade de reduzir investimentos, uma vez que ela deverá continuar investindo para melhorar as operações e expandir sua capacidade".
A agência apontou que as iniciativas da Sabesp para limitar os impactos operacionais da seca sobre suas atividades são positivas, "mas não devem ser suficientes para evitar a deterioração de seu perfil de crédito".
"A Sabesp também expandiu os incentivos para que seus clientes diminuam o consumo de água. Estas iniciativas devem aliviar parcialmente a pressão sobre o abastecimento da companhia nos próximos trimestres", disse a Fitch.
Fonte: G1
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