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Alimentos fazem inflação disparar

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09/01/2015

O aumento do preço dos alimentos que compõem o prato básico do goianiense foi o que mais contribuiu para que a inflação em Goiânia fechasse o ano em 8,42%, índice bem acima do registrado em 2013 (5,93%). De um ano para outro, o preço médio da carne subiu 23,33%, mas alguns cortes atingiram 33,64%.

Arroz, feijão e alguns legumes e verduras também são destaques na alta de preços. Já a energia elétrica registrou aumento de 17,28%. Segundo economistas, a expectativa é de que este ano a perda do poder de compra do goianiense seja ainda maior.

TETO

Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan). A inflação em Goiânia ficou muito acima do teto da meta do governo, 6,5%. Para se ter ideia, o índice inflacionário em São Paulo fechou em 5,2%.

Na prática, o consumidor mal vai sentir o gostinho da recomposição do salário mínimo deste mês. Isso porque o salário mínimo teve incremento de 8,8%, somente 0,38 pontos porcentuais acima da inflação acumulada do ano em Goiânia.

Mais uma vez, o grupo de alimentos foi o principal responsável por este impacto. Mas ao contrário de 2013, quando sucessivos aumentos de preços do tomate viraram até motivo de piada nas redes sociais, desta vez a carne bovina é a principal vilã. Dos dez itens que tiveram maior variação acumulada anual, cinco são cortes de carne bovina.

AÇOUGUES

Para entender os preços cobrados nos açougues e supermercados é preciso observar o que ocorreu nos pastos. O mercado de boi gordo, longo período de preços baixos nos últimos anos, contrastando com aumento do custo de produção. A conta vermelha desestimulou pecuaristas a investir no gado de corte e, inclusive, a adotarem o abate de matrizes. O resultado é a diminuição da oferta.

De quebra, houve redução da oferta no mercado mundial de países produtores como Estados Unidos e Austrália, ampliando a presença da carne nacional no mercado externo, contribuindo para o aquecimento dos preços. “Com as melhorias sanitárias a tendência é que o volume de exportações aumente este ano”, diz a assessora técnica para área de pecuária de corte da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg), Christiane Rossi. Isso sinaliza que os preços devem continuar aquecidos este ano.

Para fechar o quadro indigesto, o arroz registrou aumento anual de 20,39% e o feijão, 17,28%. No primeiro caso, houve estabilização da produção nacional de arroz, mas as exportações cresceram, sobretudo no primeiro semestre. Como as vendas do Rio Grande do Sul aumentaram em até 50%, valorizou o preço interno do grão.

CLIMA

Também falta feijão no mercado. Depois da superprodução na safra anterior, produtores diminuíram o plantio em Goiás nesta safra. Além disso, outros fatores como a seca prolongada e a experiência do primeiro vazio sanitário para a cultura este ano em Goiás (proibição do plantio por dois meses para evitar a propagação da doença da mosca branca) fomentaram a quebra de safra. “Só há expectativa para colheita de feijão novo no final deste mês”, diz o analista de mercado da Faeg, Pedro Arantes.

O gerente de pesquisas sistemáticas e especiais do IMB/Segplan, Marcelo Eurico, explica que o clima também é responsável por boa parte da elevação mais forte dos preços das verduras e legumes este ano.

A produção de hortaliças e verduras é vítima de chuvas constantes nos últimos meses depois de um período de seca. “A produção diminui e ainda perde qualidade”, afirma. Marcelo lembra que todos esses alimentos contribuem para o índice inflacionário.

Ele ressalta que os preços de alimentos em Goiânia, tradicionalmente, aumentam no primeiro e último trimestre do ano. Mas um fato curioso é que este ano houve mudança.

Os meses de setembro, novembro e dezembro tiveram aumento maior se comparado ao primeiro trimestre. Inclusive, conforme foi publicado no POPULAR, a inflação de novembro fechou em 1,19%, mais que o dobro do esperado pela equipe econômica de pesquisa do IMB/Segplan, de 0,5%.

Conforme foi apurado, além das chuvas, os produtos primários produzidos em Goiás abasteceram mercados como São Paulo e Minas Gerais, cujas produções sofreram com a estiagem.

Mais uma ano de perdas salariais, prevê analista

(KR)09 de janeiro de 2015 (sexta-feira)

Depois de ter uma queda no preço da energia elétrica em 2013, de 19,75%, em função de subsídio do governo federal,cuja proposta era frear a inflação, parte da conta chegou ao bolso do consumidor em 2014.

O consumo de energia ficou 17,28%. “Impacta muito na inflação, porque atinge uma cadeia produtiva extensa e, além disso, o consumidor não tem muito para onde correr”, afirma Marcelo Eurico.

DOIS DÍGITOS

Na avaliação do economista Adriano Paranaíba, a inflação este ano em Goiânia deve atingir a marca dos dois dígitos. O cenário preocupante é explicado pelas sinalizações de austeridade fiscal, tanto do governo estadual quanto federal, para este ano. “Se controlando os preços de alguns bens ofertados pelo governo, como tarifa de ônibus, registramos 8,42%, sem dinheiro para gastar com subsídio, vamos ter uma inflação ainda maior”, diz.

Ele acredita que será mais um ano de perdas salariais, corroendo o poder de compra da população. “Estamos falando de famílias que ganham até cinco salários mínimos, não tem como fazer mágica com o orçamento”, diz. Vale ainda ressaltar que 62,5% das famílias goianienses estão endividadas.

“As pessoas podem se preparar para um cenário semelhante ao da década de 1980, mas não é momento de pânico. As crises também geram oportunidades. Por exemplo, os preços dos imóveis devem voltar para os níveis normais”, diz Adriano Paranaíba.

Fonte: O Popular

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