O Ministério de Minas e Energia (MME) aumentou, ontem, suas previsões para o risco de desabastecimento de energia no ano que vem. O índice referente à Região Sudeste/Centro-Oeste subiu de 4,7% para 5%, o limite máximo tolerado pelo órgão.
Após reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), encontro que reúne as principais autoridades do setor dentro do governo, o MME divulgou uma nota em que diz que pode ser necessária “a adoção de medidas adicionais àquelas normalmente praticadas, como a estratégia que vem sendo adotada, em 2014, para preservação dos reservatórios”.
O Comitê não exemplificou quais seriam essas medidas. Entretanto, neste ano vem sendo reforçado o uso de usinas térmicas, acionadas em sua capacidade máxima ao longo de todos os meses.
APAGÃO NO VERÃO
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também tem alertado geradores e distribuidores de energia sobre os riscos de haver cortes seletivos de luz no verão, se a crise do sistema se agravar.
A medida, revelada pela Folha de S.Paulo na edição de ontem, seria necessária para manter os reservatórios em níveis adequados para garantir o abastecimento de energia nos grandes centros urbanos durante os horários de pico. Luiz Fernando Vianna, presidente da Apine, associação que reúne os geradores privados, afirma que o ONS fez o alerta nas últimas três reuniões com o setor.
João Carlos Mello, presidente da comercializadora Thymos, também ouviu o alerta do Operador. Ele afirma que a medida poderia se fazer necessária para que as hidrelétricas tenham capacidade para manter o fornecimento de luz entre janeiro e fevereiro, meses com maior demanda de energia.
Em nota publicada ontem, porém, o ONS afirmou que não há risco de apagão e que não cogita cortes seletivos de energia para garantir o fornecimento nos horários de pico no verão. Segundo o órgão, essa possibilidade não corresponde aos resultados dos estudos do Programa Mensal de Operação do mês de novembro.
Segundo a nota, assinada por Hermes Chipp, diretor-geral do ONS, apesar dos níveis baixos dos reservatórios no Sudeste/Centro-Oeste e no Nordeste, “o período chuvoso está se iniciando dentro da normalidade”. Os reservatórios do Sudeste estão em 18,03%, menor nível dos últimos 20 anos.
Aneel propõe divisão entre distribuidoras
Brasília - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Anee) divulgou ontem sua proposta para dividir energia elétrica mais barata entre todas as distribuidoras do País no ano que vem. A maior beneficiada será a Eletropaulo. Essa energia mais barata vem das usinas que não renovaram seus contratos de concessão, como Cesp, Cemig e Copel, e que terão de devolver suas usinas a partir do ano que vem.
A energia gerada por elas, chamada de “energia velha”, custa mais barato que a das demais usinas, porque o investimento para a construção dessas geradoras já foi amortizado ao longo do tempo. Assim, o novo concessionário será remunerado apenas pela operação e manutenção das máquinas, o que faz o preço cair, em média, de R$ 120 para R$ 30.
A Aneel considera que cerca de 4.500 megawatts médios de energia velha estarão disponíveis para uso das distribuidoras no ano que vem. A distribuição entre as empresas seguiu dois critérios: a quantidade de energia que a empresa precisa contratar para o ano que vem e a quantidade de clientes que ela possui em sua rede. Todos os valores ficarão em audiência pública entre os dias 6 e 17 de novembro.
Segundo o diretor da agência e relator do processo, Tiago Correia, o objetivo é de que todas as distribuidoras entrem no ano de 2021 recebendo a mesma proporção de energia barata. Atualmente, esses números ainda são desnivelados.
Fonte: Folhapress
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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