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Falta dágua: Reclamações crescem 78%

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14/10/2014

O número de consumidores que acionaram a Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR) para reclamar de falta de água aumentou 78% este ano, em relação ao mesmo período de 2013. Responsável pela fiscalização do sistema, a AGR admite que em alguns pontos da cidade, como a região do Jardim Guanabara, falta água por algumas horas praticamente todos os dias. No entanto, não deu nenhuma autuação à Saneamento de Goiás S.A. (Saneago) em 2014 por este motivo.

De janeiro até o início de outubro de 2014, de acordo com a AGR, foram 963 reclamações, 556 delas apenas nos últimos dois meses. No ano passado, no mesmo período, 545 consumidores haviam acionado a agência pelo problema e, no balanço de 2013, esse número somou 792.

Apesar do número de reclamações no início de outubro já ter superado o total do ano passado, o gerente de Saneamento Básico da AGR, Eduardo Henrique da Cunha, afirma que a Saneago não recebeu nenhuma autuação ou multa por conta das interrupções. A justificativa é que o problema não ocorre por conta de falhas da empresa.

Segundo Cunha, quando a ouvidoria aciona a gerência, o primeiro passo é descobrir a causa da interrupção do fornecimento de água, se foi uma falha, e o que a motivou, ou uma paralisação programada. No segundo caso, a Saneago precisa emitir um aviso com dois dias de antecedência. Após descobrir o motivo, a gerência observa se a empresa está resolvendo a questão. “Nosso objetivo não é sair multando. O importante é saber se a empresa está tomando providências necessárias para restabelecer o serviço o mais rapidamente possível”, explicou Cunha.

Sem citar números, o gerente afirma que a falta de energia é hoje o principal fator responsável pela interrupção do serviço. Isso ocorre porque as bombas que captam e distribuem a água nas barragens e reservatórios são movidas à energia elétrica. O segundo fator são os problemas eletromecânicos, como queima de bombas ou de transformadores. “Muitas vezes eles também decorrem da queda de energia”, diz. Em terceiro lugar aparecem as rupturas de rede e adutoras. Em quarto, mas em menor número, segundo Cunha, estão as paradas programadas para manutenção e ampliação do sistema.

Cunha afirma que a Grande Goiânia não sofre problema de desabastecimento, mas, por conta do calor e do tempo seco, o sistema está operando no limite da capacidade de produção. “Não falta água. As bombas que operam nos dois sistemas da região metropolitana - Meia Ponte e João Leite - trabalham sem parar mas, com o crescimento da população e aumento da demanda, essa questão só deve ser resolvida quando o Sistema Produtor Mauro Borges começar a funcionar”, explicou Cunha.

O gerente da AGR admite que falta água em algumas localidades de Goiânia. O principal problema estaria no Reservatório Cristina, responsável pela região do Jardim Guanabara, Setor Jaó e Setor Santa Genoveva. “Ao longo do dia, o reservatório vai baixando o nível e, no fim da tarde, falta pressão para que a água chegue às pontas da rede, como é o caso do Jardim Guanabara, onde falta água praticamente todo dia, mas é só por algumas horas. Quando o consumo cai, à noite, o nível do reservatório sobe e o serviço volta ao normal”, relata.

Para Cunha, o grande número de reclamações se dá porque muitas casas não possuem caixas d’água. “Problemas acontecem. Por isso é preciso que o usuário tenha reservatório domiciliar.”

CONSUMO

A Saneago também alega que problemas ocorrem por conta de consumo elevado. “O sistema está funcionando perfeitamente. Mas com esse calor, o consumo subiu em torno de 30% e qualquer paradinha, para arrumar uma tubulação, demora demais”, diz o superintendente metropolitano de negócios da Saneago, Antônio Gonsalves Teles.

O superintendente diz que não há risco de desabastecimento no Sistema João Leite. Mas, em relação ao Sistema Meia Ponte, apesar de afirmar que “por enquanto está bem”, ressalta: “Se for uma seca muito prolongada, pode baixar o nível. No entanto, a meteorologia prevê chuvas para o fim do mês”.

O Sistema Meia Ponte é justamente onde está o Reservatório Cristina, situado no Morro do Mendanha. O superintendente explica que o reservatório abastece uma área muito grande, desde Campinas, passando pela Região Noroeste até chegar ao Guanabara. “Com o aumento do consumo, a pressão da água não chega à ponta do sistema”, diz.

Cunha afirma que não há solução a curto prazo e pede que os consumidores economizem água neste período. Ele também alerta para a necessidade das caixas d’água. “Quem tem o reservatório domiciliar não sofre com falta d’água”, garante.

963 - É número de reclamações por falta de água de janeiro a outubro deste ano

545 - É o número de reclamações à AGR no mesmo período do ano passado

792 - É o total de reclamações registradas durante todo o ano de 2013

78%- É o aumento do índice, comparando o período de janeiro a outubro de cada ano

 

Moradores dizem não suportar problema

Os moradores do Jardim Guanabara, na Região Norte da capital, já não suportam mais conviver com um problema recorrente. Em meio ao forte calor, centenas de pessoas residentes no bairro enfrentam a falta de água no período mais quente do dia.

O aposentado Eusmar Carneiro Lima, de 62 anos, destaca que a falta constante de água começou a ocorrer há cerca de 30 dias, no ápice da estiagem e do tempo quente. “Isso é uma calamidade, um terror”, sublinha. Ele mora no Jardim Guanabara 2, em um dos pontos mais altos do bairro. Na semana passada, conforme disse, houve falta de água durante seis dias.

Ontem, mais uma vez, as torneiras da casa de Eusmar Carneiro estavam secas. “A água chega pela manhã, por volta das 6 horas. Mais ou menos às 10 horas ela acaba e só retorna no fim da tarde”, diz angustiado. Para se resguardar, o aposentado armazena água no tanque e em baldes. “A gente liga para a Saneago, mas eles não resolvem nada. O problema é tão grave que um dia eu tive de comprar água mineral para tomar banho.”

CAMPINAS

O mesmo drama é vivido pela assistente social Edsonina Moreira Barbosa, de 52, que também mora no Jardim Guanabara 2. “Estou tendo dificuldade de lavar roupas. A água acabou por volta das 10 horas de domingo”, enfatiza. Moradores de outros bairros também estão tendo de conviver com a questão. A jornalista Patrícia Rodrigues Santana, de 31, moradora do Setor Campinas, acentua que passou a racionalizar os serviços domésticos há cerca de um mês e meio, quando a falta de água passou a ocorrer rotineiramente.

“No fim de semana, por exemplo, faço apenas o essencial. Não lavo roupas e deixo acumular as vasilhas para lavá-las de uma só vez”, exemplifica. Ela diz que já foi tomar banho na casa da mãe, também em Campinas, mas ao chegar constatou que no local não havia água. A solução, conforme diz, foi comprar água para usar nos casos de necessidade.

PREJUÍZOS

Para o comerciante Jacques Douglas, de 47 anos, a falta constante de água tem sido sinônimo de transtorno e muito prejuízo. Dono de um restaurante no Setor São Judas Tadeu, na Região Norte de Goiânia, ele se viu forçado a substituir o reservatório de água do estabelecimento, de mil litros, por outro com capacidade de 5 mil litros. “A água vem durante a madrugada e acaba todos os dias à tarde”, enfatiza.

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Calor com sensação térmica de 40 graus

14 de outubro de 2014 (terça-feira)

A população de Goiânia experimentou ontem sensação térmica de 40 graus. Foi o dia mais quente desde que teve início a primavera. Às 15 horas, os termômetros atingiram a marca dos 37,5 graus na capital. Mas associado à baixa umidade do ar, que chegou aos 16%, a sensação era de muito mais calor.

O tempo quente levou a população a adotar diferentes condutas para se refrescar. Logo após o almoço, um grupo de trabalhadores da construção civil deitou sob a sombra de árvores do Lago das Rosas, no Setor Oeste. Várias pessoas que andavam pelas ruas e avenidas fizeram o uso de sombrinhas para protegerem-se do sol forte. Já os analistas de crédito Gisely Dias Santana e Wesley Alves aproveitaram o tempo seco e quente para saborear um sorvete.

As temperaturas também foram altas em outros municípios do Estado. Na cidade de Goiás, na Região Central do Estado, a temperatura chegou aos 40,8 graus. Em Jataí e em Mineiros, no Sudoeste Goiano, onde as temperaturas normalmente são mais amenas, foram registrados respectivamente 37,2 graus e 37,4 graus.

O forte calor e a ausência de chuvas em todo o Estado são reflexos do El Niño. A chefe do Instituto de Meteorologia em Goiás, Elizabet Alves Ferreira, informa que o fenômeno climatológico, caracterizado nesta estação chuvosa, será de fraca intensidade. Na Região Centro Oeste, o El Niño tem como principais aspectos a irregularidade das chuvas. As precipitações só devem ocorrer na capital a partir do dia 20.

Fonte: O Popular

 

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