Depois das distribuidoras, agora são as geradoras de energia que enfrentam os prejuízos causados pela falta de chuva. As empresas se endividaram para cumprir os contratos e não deixar faltar energia para o consumidor.
Para ter uma dimensão do tamanho do problema, é preciso entender como funciona o sistema elétrico. A luz que chega à casa da gente vem das distribuidoras que pegam energia das geradoras, as usinas hidrelétricas. A crise vem atingindo todos esses setores. O rombo das geradoras pode chegar a quase R$ 20 bilhões até o fim do ano.
Só este mês, as geradoras de energia hidrelétrica dizem que vão arcar com prejuízo de cerca de R$ 4 bilhões. O motivo é que as usinas estão produzindo menos energia do que têm obrigação de repassar para as distribuidoras. Funciona assim: as distribuidoras que são as empresas que fornecem energia elétrica para o consumidor contratam uma determinada quantidade de energia com as geradoras. Elas não podem deixar de entregar a quantidade contratada. O que está acontecendo é que, com a seca, as hidrelétricas não conseguem produzir tudo o que foi comprado pelas distribuidoras. Para compensar, têm, então, que comprar energia das térmicas, muito mais cara.
No segundo semestre do ano passado, as usinas geraram mais energia do que a quantidade que tinham que entregar às distribuidoras. A situação começou a mudar em janeiro. As geradoras produziram 3,6% a menos que a quantidade de energia contratada. Em maio, essa diferença pulou para 6,3%. Em junho, saltou para 11% e, no mês passado, esse descasamento entre a energia gerada e a quantidade entregue às distribuidoras atingiu 15,6%.
O mapa, segundo o especialista Cristopher Vlavianos, foi feito por ele com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Cristopher explica que a energia comprada para suprir essas diferenças é negociada no chamado mercado à vista, com valor muito alto. Esta semana está acima de R$ 700 o megawatthora. Ele faz uma estimativa desse custo até o fim do ano.
“O custo desse ajuste acaba ficando muito alto. Com isso, a previsão de que os geradores vão ter que arcar com um custo esse ano perto de R$ 20 bilhões”, afirmou Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc Energia.
As usinas não são autorizadas a repassar esse custo para a conta do consumidor final. Ninguém do governo nem da Aneel quis gravar entrevista. Os técnicos dizem que as dificuldades enfrentadas este ano fazem parte do risco do negócio das geradoras.
O presidente da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia diz que há fatores que deveriam ser excluídos do risco próprio das hidrelétricas. E que as usinas vão tentar uma negociação com o governo.
“Esse montante de geração termelétrica não é previsto pelos geradores hidrelétricos. Então esta é uma das parcelas que nós pretendemos que seja expurgada da composição desse valor”, disse Flávio Neiva, presidente da Abrage.
Segundo a Associação Brasileira de Empresas Geradoras, a crise das geradoras deve se prolongar até o primeiro semestre do ano que vem. Segundo a Associação, logo que o período de chuva começar, as usinas terão que continuar produzindo menos porque precisam aguardar os reservatórios ficarem cheios.
Fonte: Bom dia Brasil
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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