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Petrobras quer mais reajustes de combustíveis este ano, diz Graça Foster Leia m

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12/05/2014

RIO - A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse nesta segunda-feira que a companhia continua lutando por mais reajustes de preços dos combustíveis (gasolina e diesel) este ano para reduzir a defesagem em relação ao mercado internacional. Segundo Graça, esse alinhamento é fundamental para a companhia entrar em 2015 em melhores condições do que em 2014.

Na última sexta-feira, a Petrobras informou queda de 30% no lucro líquido do primeiro trimestre do ano, em relação ao mesmo período do ano passado, ficando em R$ 5,393 bilhões. O resultado é o mais baixo para um primeiro trimestre desde 2007, quando chegou a R$ 4,1 bilhões, de acordo com a consultoria Economatica.

— Nossa conversa com o Conselho é permanente, sistemática e padronizada. Temos desafios de fazer investimentos, controlar o Capex (capital expenditures, ou investimento em bens de capital), e, quando você tem defasagem de preços como nós temos, temos que corrigir. Hoje a orientação do Conselho é não repassar a volatilidade para o mercado e que a gente faça as correções sem repassar essa volatilidade. O real ficou menos depreciado no trimestre, e isso nos trouxe para mais perto da convergência de preços. Mas, enquanto não há paridade plena, nós temos que estar considerando um aumento de preços — destacou Graça Foster, em apresentação do balanço primeiro trimestre do ano a investidores.

Investimentos fortes e gastos adicionais com a defasagem dos preços dos combustíveis levaram a Petrobras a aumentar seu endividamento. E, com uma captação de R$ 53,9 bilhões no trimestre, o endividamento líquido da companhia subiu 4%, para R$ 229,6 bilhões. A Petrobras admitiu que a relação entre a dívida líquida e a geração de caixa operacional aumentou de 3,52 vezes para quatro vezes — acima da meta fixada em seu Plano de Negócios, de 3,5 vezes.

Segundo a estatal, o resultado no primeiro trimestre também foi influenciado pelo PDV, que inclui 8,2 mil empregados, ou 12% do efetivo total da companhia, sendo que 55% dos desligamentos devem ocorrer ainda neste ano.

Fonte: O Globo

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