Os funcionários da Eletrobras entraram em paralisação até a próxima sexta-feira, 25 de abril. De acordo com Franklin Moreira, presidente da Federação Nacional dos Urbanitários, os funcionários pleiteiam ações objetivas do governo para que a empresa volte a ser lucrativa. Em 2013, ela apresentou prejuízo de mais de R$ 6 bilhões. "É preciso recuperar a Eletrobras para que ela seja instrumento de política energética brasileira", afirma.

Definindo o atual momento da empresa como de desestruturação, a indefinição sobre o pagamento da participação nos lucros e resultados também motiva a paralisação de dois dias. O prejuízo apresentado pode impedir que os empregados recebam a bonificação. O sindicalista lembra que a PLR também engloba resultados e que os funcionários do Grupo tem cumprido as metas de produtividade. "Queremos manter o que vem sendo recebido nos últimos anos", aponta.

Outro aspecto que Moreira apresenta é que após o plano de demissão voluntária da Eletronuclear serão ao todo cerca de cinco mil trabalhadores a menos, o que significaria uma expressiva redução nos custos. Ele também ressalta que após a publicação da lei 12.783, os únicos que tem sofrido impacto são os trabalhadores do grupo, uma vez que foram distribuídos cerca de R$ 800 milhões em dividendos. "O governo tinha prometido após a MP 579 que não deixaria a Eletrobras fenecer, mas não é isso que estamos vendo", analisa.

Ele promete manifestação na próxima assembleia de acionistas da Eletrobras, que será realizada em Brasília (DF), no dia 30 de abril. Segundo Moreira, a adesão está foi alta e novas paralisações não estão descartadas.

Fonte: Pedro Aurélio Teixeira, da Agência CanalEnergia