Em 2012 O Stiueg (oficio STIUEG 202/2012) alertava para os gastos com empregados oriundos do acordo com a Eletrobrás. Antes, porém, em 2011, foi anunciada a intenção de se contratar uma headhunter (empresa caçadora de talentos) para escolher diretores e presidente da Celg. Quais verdades separam ou unem os dois eventos? O que estamos esquecendo?
Quando em 2012 o Stiueg solicitou informações acerca dos gastos com empregados oriundos do acordo com a Eletrobrás, não estava mirando no valor dos salários dos empregados, mas sim no desperdício de dinheiro de uma empresa falida. Desperdício, pois a Celg sempre teve profissionais de alto gabarito técnico. Mas, além de termos dado um enfoque diferente aos gastos do acordo, nos antecipamos em mais de um ano ao que hoje é tratado como novidade escandalosa.
Em 2011, a ideia de se contratar uma headhunter foi tratada como moderna, chique! Ora, uma "caçadora de talentos" busca profissionais no mercado privado, onde salários para comandar uma empresa do tamanho da Celg giram em torno de R$100 mil!!!
Uma verdade une os dois eventos: salários considerados altos. Outra verdade os separa: o conceito de que o gestor público é um marajá indolente, enquanto o privado é um gerente "moderno e eficiente".
O que estamos esquecendo? Estamos esquecendo que enquanto o setor elétrico brasileiro era gerido por empregados públicos, construímos o maior sistema interligado do mundo, não havia racionamento e a energia custava quase a metade do que custa hoje.
Outra coisa que estamos esquecendo: continuamos a dar atenção a salários, a "marajás", enquanto os quase R$ 7 bi em dívidas passaram a ser tolerados. As causas não foram extirpadas. Ninguém foi preso!
· O Stiueg denunciou (junto ao Ministério Público - processo atualmente acompanhado pela promotora Marlene Nunes Bueno) duplicidade e superfaturamento do pagamento de quilometragem de caminhões de terceirizadas, R$44 milhões de prejuízo, bens de empreiteiras indisponíveis, e ninguém foi preso!
· Noutra denúncia, o promotor Fernando Krebs evidencia um contrato de leitura de medidores no valor de cerca de R$ 100 milhões. “Este valor está superfaturado. Pelo mesmo serviço a Saneago paga R$ 15 milhões por ano”, afirmou o promotor. A licitação foi suspensa, outra foi realizada e gerida pelos mesmos envolvidos, mas ninguém foi preso!
A quem interessa esquecer as verdadeiras causas do afundamento da Celg? A imprensa e nós mesmos não devíamos esquecer a resposta fundamental. O mundo será melhor sem amnésia, valorizando a verdade.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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