É até difícil ter que falar de sua importância. De tão óbvio chega a ser redundante: lembrar o quanto esse bem natural é essencial para a nossa existência. Mas o fato é que a água sofre com o desprezo e os maus-tratos generalizados. São governos, empresas e populações que consideram, ou melhor, não consideram a água como algo indispensável e fundamental.
Dados do Ministério das Cidades mostram que no país a distribuição de água não alcança 81,1% da população e apenas 46,2% dos brasileiros têm saneamento básico. Do total do esgoto gerado no país, apenas 37,9% recebem algum tipo de tratamento. Com os investimentos feitos nos últimos anos as ligações foram ampliadas em 2,2 milhões de ramais de água e 2,4 milhões de ramais de esgotos. O governo tem defendido que a cada R$ 1 investido em saneamento é gerada uma economia de R$ 4 na área de saúde, mas o Brasil se mantinha na nona posição no ranking mundial “da vergonha”, com 13 milhões de habitantes sem acesso a banheiro, segundo estudo divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2010.
Em Goiás o problema é ainda maior, pois o Governo quer tornar privado o que é um bem público: a água. Caso a água seja privatizada, as empresas privadas, preocupadas prioritariamente com os lucros de seus negócios, apenas garantirão o acesso ao tão precioso líquido e ao saneamento, aos que puderem pagar as altas tarifas cobradas por elas. Nas quatro cidades em Goiás onde o produto da Água já foi PRIVATIZADO a população já sofre com aumento da tarifa do esgoto e baixa qualidade dos serviços, como é o caso da cidade de Jataí, onde a população começa a reagir pela volta da Saneago.
Com os contratos de subdelegação de serviços, com as PPPs ou qualquer outro tipo de privatização, a população de baixa renda poderá ter sim, o sistema de esgoto e água tratada passando em sua porta, mas não conseguirá arcar com seus custos. E isto poderá acarretar, inclusive, retrocessos, como a volta do uso de cisternas e de fossas sépticas. A única forma de garantir o acesso tanto à água quanto ao esgoto tratado é através da parceria pública entre governo federal, municípios e estados.
Neste dia tão importante, é preciso fazer uma reflexão profunda sobre o assunto, pois um direito humano e essencial à vida, não pode ficar sujeito à lógica empresarial, passando a ser alienada como qualquer outro bem.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
Todos os direitos reservados. Desenvolvido por Supera Web X