Aconteceu na manhã de hoje,11/03, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, uma audiência pública, para tratar da destinação de recursos da Companhia Energética de Goiás (CELG).
Audiência pública foi proposta pelo presidente da Comissão de Minas e Energia da Casa, deputado Simeyzon Silveira. Fizeram parte da mesa de debates, o deputado Júlio da Retífica (PSDB); o presidente da Celg Distribuição, Leonardo Lins de Albuquerque; o promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de Goiás, Fernando Krebs; o diretor administrativo do STIUEG, Heliomar Palhares e o superintendente de fiscalização econômico Financeira da Aneel, Antônio Araújo da Silva. A mesa foi composta, também, pelo vice-presidente da Faeg, Bartolomeu Ferreira; o representante da Câmara de Dirigentes Lojistas do Estado de Goiás, Euclides Barbo Siqueira; o presidente do Sindilojas, José Carlos Palma Ribeiro e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás, Pedro Alves de Oliveira.
Durante a abertura dos trabalhos, o deputado Simeyzon Silveira, destacou que a mesma acontece em um momento importante no qual ocorre uma tentativa de recuperação da Celg D. “Não podemos continuar errando com a CELG”, disse o deputado que propôs a criação de um fórum permanente de discussões das questões da Celg D. “Este fórum tentaria, entre outras coisas, despolitizar as questões da Companhia. As entidades envolvidas neste fórum têm a capacidade de opinar em todas as decisões que envolverem a Celg D, inclusive nos projetos que a esta Casa chegarem”, disse.
O presidente da Celg Distribuição, Leonardo Lins de Albuquerque, destacou que a Companhia está em um processo de transferência de controle acionário, período no qual existe uma série de ações e cronogramas sendo realizados. De acordo com ele, diante das medidas que estão sendo tomadas, no último ano a Celg D apresentou um pequeno lucro.
Para o promotor de Justiça, Fernando Krebs, a atual situação da Celg D é o resultado de uma série de desmandos. Krebs disse que a Companhia teve uma piora acentuada em seus serviços, sendo considerada uma das piores do Brasil. “Até mesmo o método de faturamento do consumo das residências era feito de maneira escandalosa quanto aos valores. A empresa patrocinava piloto de corrida no exterior. Privatizou seu bem mais rentável. Por isso e inúmeras outras coisas é que a Companhia quebrou”, acentuou o promotor.
O 2º diretor administrativo do STIUEG, Heliomar Palhares Pedrosa, fez um relato sobre a situação da CELG D e disse que o sindicato lutou e luta até hoje para que a CELG continue pertencendo ao estado de Goiás. Na ocasião, Heliomar cobrou dos representantes da sociedade organizada, presente na audiência pública, posicionamento contra a entrega da empresa, para que o STIUEG não fique sozinho nessa luta, como ocorreu por ocasião da vend de Cachoeira Dourada. De acordo com o diretor, é possível o povo goiano assumir o compromisso, em forma de Lei, através da Assembleia Legislativa, de recuperar o controle da Celg D para nossas gerações futuras, “inserindo uma cláusula no acordo de transferência de ações que, se a Eletrobras decidir vender suas ações, deverá vender um por cento para o Governo de Goiás, e o Governo deverá comprá-lo e proibindo o Governo de Goiás de vender suas ações”.
O diretor do STIUEG, Washington Fraga, disse que é preciso haver uma mobilização popular para discutir a questão da Celg e colocou o sindicato à disposição para participar do fórum permanente de discussões.
Após participação e questionamento dos presentes no Auditório Solon Amaral, Simeyzon deu por encerrada as discussões sobre o assunto fazendo encaminhamentos de providências a serem tomadas e colheu as assinaturas para a criação do fórum permanente de discussões das questões da Celg D, sugerido por ele no início da audiência pública.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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