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Conta de Energia vai subir: quem vai pagar?

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06/02/2014

A crise energética enfrentada pelo País desde o início deste ano vai acabar refletindo no bolso do consumidor. As quatro termoelétricas instaladas em Goiás entraram em operação nos últimos dias para fornecer energia em casos de interrupções no sistema. O problema é que os gastos desta operação mais cara e poluente serão divididos entre os consumidores de todo o País, embora o governo tenha acertado ontem uma ajuda federal entre R$ 3 bilhões e R$ 5 bilhões às companhias de distribuição de energia elétrica.

O objetivo é evitar que seja repassado para a conta de luz o enorme salto no preço da energia comercializada no mercado, que vem sendo abastecido por usinas termoelétricas acionadas em meio à estiagem que afeta os reservatórios das hidrelétricas.

As termoelétricas de Palmeiras, instalada na cidade de mesmo nome, Goiânia 2, em Aparecida, e do Daia, em Anápolis, começaram a operar a zero hora de sábado. A de Xavantes teve autorização do Operador Nacional do Sistema (ONS) para operar a zero hora de ontem, após a ocorrência de um apagão que afetou 6 milhões de pessoas em 11 Estado do País, por conta de um aumento do consumo de energia na Região Sul.

As quatro termoelétricas instaladas em Goiás são movidas a diesel e estão funcionando a todo vapor. Com capacidade de gerar, juntas, 414 MW de potência instalada – o suficiente para abastecer uma cidade do porte de Goiânia - estas usinas jogaram na rede nacional ontem uma média de 300 MW – índice próximo dos 70% de sua capacidade total de produção.

O presidente da Trade Energy, empresa especializada no mercado livre de energia, de Curitiba (PR), Walfrido Ávila, explica que o governo é responsável por parte dos gastos com as termoelétricas. A outra parte é divida entre os consumidores. “Acaba afetando o consumidor, sim. É preciso investir em mais alternativas de menor impacto”, defende.

O engenheiro ambiental Rafael Camargo explica que essas termoelétricas são contratadas pelo governo para ficar em espera para qualquer emergência no sistema elétrico. Quando são acionadas, além da renda mensal, recebem também ajuda de custo do combustível - acima de R$ 500,00 o MW hora.

Uma unidade de 100 MW, por exemplo, consome por dia 600 toneladas de óleo combustível. Isso significa 20 carretas para abastecer a unidade a cada 24 horas. A queima de combustível para mover as turbinas que vão gerar energia é responsável pela emissão de gases poluentes.

O engenheiro civil Rodrigo Pedroso, com especialização em geração de energia hidrelétrica nos Estados Unidos e em geração eólica na Alemanha, diz que a operação das termoelétricas é mais cara do que as hidrelétricas. Segundo ele, o custo de energia gerada por uma termoelétrica é de R$ 1 mil por MW, enquanto nas hidrelétrica é de R$ 100 por MW. Ele afirma, porém, que as termoelétricas são importantes para serem usadas em situação emergencial. “Elas não devem ser usadas como base do sistema”, destaca.

 

Falha deixa 80% de Jataí sem energia

06 de fevereiro de 2014 (quinta-feira)

Cerca de 80% do município de Jataí, no Sudoeste do Estado, amanheceu ontem sem energia elétrica. Poucos comerciantes no centro e nos bairros abriram as portas e as agências bancárias funcionaram apenas parcialmente. A interrupção ocorreu devido a uma falha de transmissão na subestação de Jataí, que teve início por volta da meia-noite e se estendeu até a tarde. A interrupção atingiu também a zona rural.

O escritório regional da Celg informou que o problema não teve nenhuma relação com o apagão ocorrido um dia antes em 11 Estados brasileiros, incluindo Goiás. De acordo com a gerência local, hospitais e escolas não foram prejudicados.

O presidente da Associação Comercial e Industrial (Acij), Lázaro Elandi, afirma que o apagão causou prejuízos a supermercados, lojas e indústrias.

Mesmo depois que a gerência regional da Saneago em Jataí divulgou ao POPULAR a preocupação com a capacidade reduzida das fontes de água que abastecem a cidade – que já enfrentaria interrupções temporárias de fornecimento em alguns setores –, a diretoria da empresa em Goiânia informa que, atualmente, não há risco de desabastecimento na capital e interior.

 

Medida se deve ao nível baixo de reservatórios

(RC e LB)06 de fevereiro de 2014 (quinta-feira)

O acionamento das usinas térmicas em Goiás (e em todo País) é reflexo da redução do nível dos reservatórios das principais usinas hidrelétricas do Estado – por conta da estiagem que castiga os goianos desde o início do ano – associado ao aumento do consumo de energia elétrica.

Nas últimas seis semanas, o volume de água armazenada nas usinas de Itumbiara e São Simão caiu cerca de 10 pontos porcentuais. Serra da Mesa e Emborcação, por sua vez, registraram aumentos menores do que 2 pontos porcentuais.

Segundo nota enviada pelo Sistema Furnas, responsável pela hidrelétrica de Itumbiara, o reservatório encontra-se na elevação 504,54 metros, o que representa um volume útil de 26,7%, estando 9,54 metros acima do seu nível mínimo de operação. “Por isso não há comprometimento para a geração de energia”, destaca a nota.

No mesmo período de 2013 e 2012, o volume útil registrado foi de 24,04% e 56,48%, respectivamente. O menor índice registrado ocorreu em novembro de 2001, quando o reservatório operou com 4,78% do volume útil. Itumbiara tem capacidade instalada de 2.280 MW e encontra-se gerando 1.700 MW conforme despacho do Operador Nacional do Sistema (ONS).

A usina de São Simão passou de 29,69% para 19,55% do total da capacidade máxima desde a última terça-feira de dezembro até ontem. Esta é a situação mais grave no Estado. A usina, mesmo assim, ainda opera com 6 turbinas, que geram 1.710 MW. O reservatório é de 703 quilômetros quadrados de área. O volume de água em seu lago pode chegar a 12, 5 bilhões de metros cúbicos.

CONSUMO

O consumo de energia não para de crescer em Goiás. O assessor de Comercialização de Energia da Cel, Sérgio dos Santos Jr, explica os horário de pico (de maior consumo de energia) agora não é só entre as 18 horas e 19 horas. “O consumo está crescendo muito entre as 14 e 15 horas. Com o calor, aparelho de ar condicionado são acionados, elevando o consumo em Goiás”, diz.

A Celg não tem informações sobre o crescimento do consumo no último mês de janeiro. No ano passado, o consumo em Goiás cresceu 5,5% - dentro da média registrada em outros anos. “No Brasil, o consumo cresceu 3%. Goiás cresce mais porque a economia está em expansão, com avanço do agronegócio e da industrialização”, diz.

Previsão é de pouca chuva para a região, diz analista

(Lúcia Monteiro)06 de fevereiro de 2014 (quinta-feira)

Durante a coletiva de imprensa na sede da Federação da Agricultura de Goiás (Faeg), que tratou do problema das perdas causadas pela falta de chuva nas lavouras de soja, Rosidalva Lopes, superintendente de Políticas e Programas da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sectec), não fez previsões animadoras para os reservatórios das usinas localizadas em Goiás. Tudo indica que o Estado ficará com um déficit hídrico elevado.

Em janeiro, as chuvas ficaram 50% abaixo do esperado. Segundo ela, enquanto a previsão climatológica era de até 300 milímetros de chuva em janeiro, a precipitação foi de apenas 140 milímetros. Em fevereiro, ela deve ficar entre 10 e 70 milímetros, para um volume normal de 250 milímetros. Tudo indica que a precipitação em março também deve ficar bem abaixo da média. “Nos 13 anos de coleta da Sectec, esse está sendo o ano mais atípico para o período na região”, alerta Rosidalva.

Segundo ela, essa é uma seca metereológica, que resulta numa seca agrícola e já dá os primeiros sinais de caminhar para uma seca hidrológica. O resultado pode ser uma seca sócio-econômica no segundo semestre do ano. Para a superintendente da Sectec, empresas e indústrias poderão até ser obrigadas a reduzir o consumo de água e energia se a situação não se reverter.

RESERVATÓRIOS

“Vai chover, mas o volume de chuvas não será suficiente. Uma mudança no nível dos reservatórios dependerá da localização das chuvas”, alerta Rosidalva. As frentes frias do Sul não conseguem chegar à Região Sudeste e se alinhar com a umidade vinda da Amazônia, na chamada Zona de Convergência do Atlântico Sul.

Isso afeta a região Centro-Oeste, que fica numa espécie de bolha de ar seco, sem chuvas e com temperaturas elevadas.

SEM RELAÇÃO

Para Rosidalva, o apagão da última terça-feira ainda não tem nenhuma relação com o baixo nível dos reservatórios, mas com o excesso de temperatura nas redes de transmissão, pois o material usado não é adequado para níveis tão baixos de umidade e temperaturas tão elevadas. Com o aumento da demanda, a situação se agrava. Como a rede é interligada ao sistema nacional, um problema localizado afeta boa parte do País.

Sul bate recorde de consumo minutos antes do apagão de terça

(Folhapress e Agência Estado)06 de fevereiro de 2014 (quinta-feira)

O curto-circuito duplo no sistema de transmissão de energia que deixou 6 milhões de pessoas sem luz em 13 Estados, na terça-feira, aconteceu 3 minutos após o Sul do País ter atingido o pico de demanda de eletricidade.

Para especialistas, o curto espaço de tempo entre os dois episódios indica que o recorde no Sul foi determinante para a queda no sistema, uma vez que ele é interligado e a região vem sendo abastecida por carga significativa vinda do Norte, resultado do nível baixo de água nos reservatórios de Sudeste e Sul.

Mas empresas envolvidas no apagão também trabalham com a hipótese que o incidente foi provado por descargas atmosféricas (raios).

SOBRECARGA

Às 14 horas de ontem, o Sul registrou a carga instantânea recorde de 17.412 MW, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Às 14h03, ocorreu o curto-circuito duplo, que ocasionou a saída de duas das três linhas que interligam os sistemas Norte e Sudeste/Centro Oeste, no trecho que passa pelo Estado do Tocantins, entre as cidades de Colinas e Miracema.

Com a sobrecarga, a terceira linha desligou-se, obedecendo a mecanismo de segurança, segundo o ONS. “É muito grande a probabilidade de os eventos estarem relacionados”, diz o professor Ennio Peres, da Unicamp. “Sistemas operando no limite apresentam mais falhas.”

RELAÇÃO

O ONS descarta a relação entre os dois eventos. Está prevista para hoje uma reunião entre o órgão, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e as concessionárias de geração e transmissão envolvidas para discutir as causas do apagão.

Os reservatórios das hidrelétricas no País estão, atualmente, mais cheios que o verificado na média de janeiro do ano passado, resultado do acionamento das térmicas a todo o vapor. Os níveis dos reservatórios, porém, continuam baixos para o período chuvoso.

AÇÕES CAEM

As ações do setor elétrico fecharam entre as maiores quedas do Ibovespa, ontem, um dia após o apagão. Quem mais perdeu foram os papéis da Light e da Cemig, com desvalorizações de 4,13% e 4%, respectivamente. O Ibovespa, por sua vez, cedeu 0,72%, aos 46.624 pontos, influenciado também pela baixa da Petrobras.

Outras empresas do setor elétrico fecharam o dia no vermelho, como Cesp (-0,05%), CPFL Energia (-2,16%) e Energias do Brasil (-0,84%).

RACIONAMENTO

O risco de racionamento de energia elétrica no Brasil é muito pequeno, mas a fragilidade do sistema de transmissão, com apagões pontuais como o de terça-feira, 04, - além da forte estiagem na Região Sudeste -, poderão trazer impactos econômicos, fiscais e na atividade do País, afirmam analistas. Além disso, as notícias negativas climáticas devem piorar a visão já pessimista do exterior em relação ao desempenho do Brasil.

Bráulio Borges, economista-chefe da LCA Consultores, considera “muito precipitado” falar em impactos na produção de possíveis apagões no País. Ele avalia como “muito pequeno o risco de racionamento” .

Fonte: O Popular

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