O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) instaurou inquérito para investigar supostas irregularidades no concurso público da Saneamento de Goiás S.A. (Saneago), organizado pelo Instituto Brasileiro de Gestão e Educação (Ibeg). As provas realizadas nos dias 19 e 26 de janeiro foram as segundas do processo que teve 97.774 mil inscritos. As primeiras provas, realizadas em junho de 2013, foram canceladas e o certame ficou suspenso em função de uma divergência entre o número de questões das provas e de respostas no cartão.
De acordo com a promotora responsável pelo inquérito, Leila Maria de Oliveira, inicialmente as denúncias foram encaminhadas para análise da Coordenação de Apoio Técnico Pericial (Catep). Também foi solicitada a posição da estatal e da banca organizadora. “Recebemos inúmeras denúncias, mas a que considero mais grave é a da repetição de alternativas no gabarito. Assim como na primeira prova, ocorreu uma repetição considerável de preposições iguais”, analisou a promotora. Na prova para o cargo de engenheiro elétrico realizada ainda em 2013, os candidatos denunciaram que o gabarito das dez últimas questões era C C C C C C C A A C, o que implica 80% de preposições iguais. Já na prova aplicada em 19 de janeiro para o mesmo cargo, o gabarito preliminar das mesmas dez questões foi C C X C X C C A A A. Os Xs representam outras letras.
Segundo Leila Maria diversas notícias sobre tumulto, candidatos portando aparelhos eletrônicos e que saíram com o caderno de provas antes do horário permitido foram relatadas, mas são de difícil investigação e comprovação. Também será investigada a não possibilidade dos candidatos destacarem o canhoto da prova discursiva, o qual continha código de barras e assinatura. “Este item é essencial para comprovação de que o candidato realizou a prova, além de que com a assinatura, é passível de identificação do candidato, prejudicando a impessoalidade na correção da prova”, considera.’
Mesmo diante dos registros, a promotora ressalta que inicialmente, o MP não visualiza uma anulação do certame.
Procurada pelo POPULAR a Saneago informou que não irá se posicionar antes da notificação. O assessor jurídico do Ibeg, Sérgio Wanderley, afirmou que ainda não tem conhecimento sobre o inquérito.
DEBATE
Nos grupos organizados por candidatos do concurso no Facebook, o assunto divide opiniões. Muitos defendem a realização de um novo certame por nova banca, já outros defendem a anulação apenas das questões que apresentaram problemas. Robson Rachid, que prestou para os cargos de técnico administrativo e agente administrativo, acredita que a anulação total do concurso não é necessária. “As denúncias comuns a todos os cargos não são motivos para a realização de um novo concurso, apesar de todo o desgaste. Já os que foram prejudicados, como os cargos de nível superior, acho que a chance de uma nova prova seria mais justa”.
Flávio Pinheiro, que concorre ao cargo de engenheiro mecânico, denuncia que a questão discursiva para o cargo era de conteúdo de engenharia civil. “Me sinto prejudicado já que são 40 pontos a menos na nota final”.
Muitos dos candidatos também reclamaram da não solicitação de documentos com impressão digital e confirmação das mesmas.
Fonte: O Popular
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