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Estado e Eletrobras enfim acertam transferência de ações

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31/01/2014

Em ano de eleição, quanto menos problema o político  tiver que enfrentar melhor. Assim pensa o Governo de Goiás que corre contra o tempo, assina e materializa o desejo da entrega do controle acionário da Celg D para a Eletrobrás. Mais uma parcela de 1,9 bi em empréstimo virá e ninguém pode afirmar que será para minimizar os grandes e graves problemas enfrentados dentro e fora da  empresa Celg. Dentro estão os trabalhadores e fora o consumidor que sofre com a política destruidora do patrimônio público implantada aqui em Goiás, que sucateia, precariza e destrói.

O STIUEG sempre condenou e denunciou essa prática e continuara a lutar junto  aos trabalhadores e a sociedade por uma empresa pública e de qualidade para todos os Goianos.  

 

O povo e os trabalhadores se lembrarão dos desgovernos e das ingerências administrativas que, se quer uma palha moveram para diminuir o sofrimento dos trabalhadores e da sociedade, seja pelos investimentos  estruturais, impedindo os apagões, seja pela o impedimento da precarização  das condições de trabalho.

 

 

Veja a seguir matéria que saiu no jornal O Popular e foi replicada na imprensa goiana:

 

 

Após oito meses de queda-de-braço, o governo de Goiás resolveu ceder e aceitar a transferência de 51% das ações da Celg para a Eletrobras em um cenário que considera a concessão apenas até 2015. Em audiência ontem em Brasília, o governador Marconi Perillo (PSDB) e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciaram consenso para finalizar a operação acordada em dezembro de 2011.

Além de não poder negociar um valor maior pelas ações, foi confirmado que o Estado terá de captar novo empréstimo, de R$ 1,9 bilhão, por meio da holding CelgPar, que será utilizado para tornar positivo o patrimônio líquido a mercado da Celg Distribuição (Celg D). O valor excedente poderá ser utilizado para investimentos. O governo fala em cerca de R$ 800 milhões.

Na audiência, representantes da Eletrobras e da Celg assinaram ontem um “termo de entendimento” que estabelece prazo até 14 de fevereiro para a conclusão da análise das demonstrações financeiras da companhia. Não há ainda informações sobre o valor das ações. A previsão é que em até quatro meses o novo quadro societário – o governo estadual fica com 49% das ações – seja oficializado.

Desde maio do ano passado, o governo goiano vinha articulando contra a decisão da União de não considerar a provável prorrogação por mais 30 anos da concessão da Celg na avaliação do preço da companhia, o que valorizaria as ações. O laudo contratado pela Eletrobras, feito pela empresa Deloitte, previa valor de 1 real pela maioria das ações da distribuidora. Já a avaliação a cargo do Estado, da Funape/UFG, estabelecia preço de R$ 4,9 bilhões pela distribuidora.

O governador, que à época disse que defenderia os interesses do Estado “doa em quem doer”, afirmou ontem que o governo não pode fazer nada contra a posição do governo federal. Segundo aliados do governo, o MME endureceu o tom sobre a negociação e o Estado não teve alternativas a não ser aceitar.

Diante da piora da prestação de serviço – em 2013, cada consumidor ficou em média 40 horas no escuro – e da necessidade urgente de investimentos, com cobranças do setor industrial, o governo goiano avaliou que fechar o acerto por um valor simbólico gera menos desgastes do que seguir adiando o encerramento.

O governador afirmou ao POPULAR que, se desistisse da transferência das ações, teria de devolver o empréstimo de R$ 3,5 bilhões já liberado em três parcelas desde dezembro de 2011.

Marconi e Lobão afirmaram que será fechado nos próximo dias um plano de investimentos para a Celg nos anos de 2014 e 2015. O cronograma deve ser anunciado em evento em Goiânia. Não há informações sobre participação da estatal federal com recursos.

Lobão disse ontem que a Celg “finalmente será destravada”. Questionado pelo POPULAR sobre a prorrogação da concessão, respondeu: “É da autoridade do ministro promover a prorrogação de acordo com a lei, desde que a empresa esteja saneada. O primeiro passo é o saneamento. O ministro de Minas e Energia não está obrigado a fazer a prorrogação. Ele pode fazê-la ou não. Mas sem o saneamento nem ele pode fazê-la.”

Fonte: O Popular

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