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Justiça determina restabelecimento de energia na prefeitura de Guapó

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22/01/2014

A Justiça determinou o restabelecimento do fornecimento de energia nos prédios da administração municipal de Guapó, na Grande Goiânia.  A liminar foi concedida pela juíza substituta da comarca de Guapó, Maria Umbelina Zorzetti, na terça-feira (21). Na decisão ela afirma que não vê razão para que a Companhia Energética de Goiás (Celg) interrompa a energia como forma de cobrar a dívida e considera que há outros meios para isso. Zorzetti argumenta também que as atividades públicas não podem sofrer interrupção.

Desde sexta-feira (17), o prédio da Prefeitura e da Câmara Municipal é iluminado por ligações clandestinas, os chamados “gatos”, feitos a mando do prefeito Luiz Juvêncio Oliveira (PMDB). A Celg alega que o corte foi motivado por uma dívida de mais de R$ 7 milhões.

Segundo a empresa, Guapó não é o único município na lista devedores. Ao todo, 37 prefeituras estão inadimplentes e a dívida chega a R$ 350 milhões. Na Justiça, 31 municípios conseguiram liminares para impedir ou suspender o corte de luz.

As municípios que ainda não possuem liminar são Aragarças, Mairipotaba, Nazário, Nova Roma, Palmelo e Vicentinópolis. O G1 ligou para as prefeituras de Aragarças, Nova Roma, Palmelo e Vicentinópolis, porém não conseguiu contato . O prefeito de Mairipotaba, Ademir Sousa (PSDB), afirma que a energia no prédio foi cortada pela Celg, mas ele ordenou que funcionários a restabelecessem e afirma que já pediu uma liminar para que a empresa volte a fornecer o serviço. A prefeitura de Nazário afirma que a energia não chegou a ser cortada.

“Os prefeitos alegam que essas dívidas são heranças que receberam dos seus antecessores. Mas o fato é que, com exceção de três municípios, eles não pagaram por energia em 2013”, afirma o diretor financeiro da Celg, Oscar Salomão.

O prefeito de Guapó admite que deixou de pagar uma dívida negociada em 2006 por outro prefeito, parcelada em 144 vezes. Luiz Juvêncio afirma ter suspendido o pagamento em 2013 por considerar alto o valor da parcela, de R$ 95 mil. “Se a gente fosse pagar a gente não ia cumprir com as obrigações”, afirma o prefeito.

Fonte: G1

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