Apesar de inúmeras, as reclamações contra a Celg por danos causados a aparelhos elétricos devido à queda de energia elétrica caíram quase 14%. Quem informa é a ouvidora da Agência Goiana de Regulação (AGR), Maria Cláudia. Ela revela que “até o final de novembro a Ouvidoria registrou 167 reclamações e menos da metade destas (45,5%), foram consideradas procedentes”. Conta que no Brasil televisores, computadores e geladeiras estão na dianteira dos aparelhos que podem sofrer este tipo de dano.
Engenheiro elétrico e gerente de energia da AGR, Jorge Pereira da Silva, explica que a agência fiscaliza a concessionária Celg para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que é a responsável pelo serviço em todo território nacional. O engenheiro esclarece que os “danos causados a aparelhos elétricos nada tem a ver com qualidade da energia distribuída e sim com a manutenção da rede”.
Ele explica que “os aparelhos estragam devido à oscilação da carga de energia.” Diz que quedas energéticas provocada por descarga atmosférica ou por outros motivos ligados diretamente à concessionária acarretam danos ao aparelho. Declara que, independente da causa, o consumidor doméstico tem o direito de ser ressarcido do prejuízo.
“Quando isso acontece, a AGR aconselha o consumidor a procurar uma agência de atendimento da concessionária e protocolar um processo.” Jorge exclarece que “cabe à concessionária provar que o consumidor está errado, se for este o caso.” Declara que “a empresa pode solicitar o aparelho para análise, ir ao local vistoriar ou autorizar o consumidor a levar o aparelho para a assistência técnica”.
Diz que se o processo for indeferido este deve então buscar apoio na Ouvidoria da AGR. Ele avisa que “o prazo máximo para se reclamar é de 90 dias”. O gerente de energia fala que muitos aparelhos possuem dispositivos para conter a pressão da carga elétrica, mas que essa tem limite e muitas vezes a carga extrapola e o dano é certo.
CONSELHOS
O engenheiro elétrico diz que muitas vezes o problema pode ser acarretado por problemas internos. Ele sugere uma revisão periódica das fiações da casa ou apartamento para detecção de fios, e assim uma verificação das condições. Também desaconselha a ligação de diversos aparelhos em um mesma tomada por meio da utilização de uma extensão elétrica. Também alerta para o risco da utilização de aparelhos elétricos em casos de chuvas fortes com trovoadas e relâmpagos. “O usuário pode sofrer uma descarga elétrica muita vezes fatal”, justifica.
FISCALIZAÇÃO
O gerente mais uma vez esclarece que a “agência não interfere na Celg por se tratar de uma concessionária. Ela acompanha a prestação de serviço e fiscaliza para ver se esta atua dentro das normas legais. Diz que, em 2013, foram emitidos nove ofícios para a empresa devido a desligamentos relevantes, contra 19 emitidos em 2012.
Fala que a Aneel estabelece um limite de desligamento a partir do adensamento populacional de cada região da cidade ou aquelas que apresentam problemas mais graves. Diz que as empresas estão sujeitas a multas salgadas que chegam a 2% do seu faturamento bruto nos últimos 12 meses. Ilustra com dois casos em que a empresa de distribuição de energia foi multada. Em uma delas na zona rural da cidade de Rio Verde, por falta de manutenção, um cabo caiu sobre um ônibus, provocando vítimas fatais. Outro caso se deu em Orizona, quando “um cabeamento mal-instalado rompeu, atingiu uma criança, deixando-a com sequelas graves”.
Fonte: Diário da Manhã
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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