O Brasil perdeu oito posições no ranking das economias mais competitivas do mundo, em meio à piora macroeconômica e à falta de avanços nos investimentos de infraestrutura, mostrou nesta terça-feira (3) o Relatório Global de Competitividade, do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) com a FDC (Fundação Dom Cabral).
Na edição deste ano, que analisou 148 economias, o Brasil voltou a ocupar a posição 56 no ranking elaborado por meio de uma pesquisa de opinião com executivos, a mesma de 2009, atrás de países como China e África do Sul, que ocupam as 29ª e 53ª posições, respectivamente, mas na frente dos outros países do BRICS, Índia e Rússia, em 60º e 64º lugares, nesta ordem.
Segundo o professor da Fundação Dom Cabral, Carlos Arruda, responsável pela análise e coleta de dados do Brasil, a economia interna e itens como ambiente regulatório pesaram na avaliação do País.
— O Brasil teve perdas marginais como piora nas finanças públicas. No ambiente regulatório, o Brasil não fez nada de errado, mas também não avançou. Em função disso, o Brasil pode perder (mais posições).
Os problemas de infraestrutura e a dificuldade do governo de levar adiante seus planos de concessão de rodovias, aeroportos e ferrovias dentro dos prazos também pesaram na avaliação brasileira. Arruda acrescentou que para melhorar a avaliação do país neste quesito, além de realizar as concessões, é necessário fazer os investimentos e as obras na velocidade adequada.
— Em todos os indicadores de infraestrutura básica, o Brasil está entre os 100 piores. Não adiantam obras em vários setores se não resolver os problemas críticos; soluções de estocagem em instalações portuárias são urgentes.
Por outro lado, o professor destacou que em itens como sofisticação de negócio e inovação, o Brasil permanece bem avaliado, com executivos vendo como positivas a qualidade das empresas e a capacidade de inovação, apesar de investimentos em pesquisa e desenvolvimento w do número de engenheiros estarem abaixo do necessário.
Na primeira posição do ranking está a Suíça, seguida por Cingapura, Finlândia, Alemanha, Estados Unidos e Suécia. Entre os países da América do Sul, o Chile obteve o melhor resultado, em 34º, enquanto o Peru aparece em 61º e a Colômbia em 69º. Nos últimos lugares do ranking ficaram Chade, Burundi, Iêmen, Serra Leoa e Haiti.
Fonte: R7
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