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Aparecida ameaça deixar subdelegação

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30/08/2013

Aparecida de Goiânia, o maior dos quatro municípios onde haverá subdelegação do sistema de esgoto, ameaça abandonar o contrato antes mesmo do início. O motivo: a Saneamento de Goiás S.A. (Saneago) teria descumprido um acordo e assinado o documento antes da data combinada. Como consequência, Ministério das Cidades e Caixa Econômica Federal cobram a devolução de dinheiro para obra em curso - orçada em R$ 57,5 milhões - de saneamento e pavimentação de seis bairros da cidade – Serra Dourada, Vila Maria, Cândida de Queiroz, Cardoso, Santa Cecília e Jardim Bonanza. O imbróglio foi mostrado ontem com exclusividade pela coluna Giro.

A prefeitura de Rio Verde informa que não será prejudicada e a de Trindade que ainda não foi notificada do risco de perder recursos. O POPULAR não conseguiu resposta de Jataí. Quanto a Aparecida, o prefeito Maguito Vilela (PMDB) é claro: “Esse é um problema da Saneago. Ou resolve ou vai ter problema na subdelegação. O que não vou deixar é Aparecida perder recurso.”

O município quer uma resposta da estatal até terça-feira, para poder captar recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 3. O governo federal investe R$ 57,5 milhões na obra em Aparecida: R$ 24 milhões na construção da rede de esgoto, que a partir de 1º de outubro passará para a Foz Goiás Saneamento S.A., empresa criada pela Foz do Brasil e pelas construtoras Central do Brasil e Norberto Odebrecht. A outra parte do dinheiro serve para implantação de galerias pluviais e asfalto. Já foram liberados R$ 33,1 milhões.

A obra começou há cerca de quatro meses e deve ser concluída até novembro. Após finalizar o convênio, seria possível assinar o contrato de subdelegação sem risco de ter de devolver recursos ou ficar impedido de captar outras verbas federais.

Prazo de 60 dias para solucionar problema

O gerente de marketing da Saneamento de Goiás S.A. (Saneago), Luiz Novo, alega que há “uma divergência de entendimentos sobre o que pode ou não ser considerado oneroso”. “A Saneago propõe que os valores sejam desmembrados e eles consigam continuar captando dinheiro para asfalto e galeria e o esgoto passa a ser uma preocupação do setor privado.”

O governador Marconi Perillo (PSDB) e o presidente da empresa, José Gomes, apresentaram os argumentos ao ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, e ao secretário nacional de Saneamento Ambiental, Osvaldo Garcia. O ministério concedeu 60 dias para a solução do problema, mas Aparecida tem pressa.

 

 

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