Baseando-se apenas em notas esparsas de jornais, o ex-conselheiro e escritor Eurico Barbosa cometeu a imprudência de, sem qualquer informação técnico-financeira aventurar-se a opinar sobre a dívida do Estado de Goiás. Se dr. Eurico fosse a fundo em sua pesquisa, desistiria de escrever o artigo que este Diário da Manhã publicou dias atrás.
Vale lembrar que o governador Marconi Perillo herdou das administrações do PMDB um Estado em situação de absoluto desgoverno. Três folhas de pagamento em atraso, fornecedores sem receber havia vários meses, BEG e Caixego quebradas, Banco do Desenvolvimento fechado... Ou seja: um Estado totalmente sucateado.
Vamos analisar pontualmente, porém, o que o autor escreveu.
Em relação à Celg, os governos do PMDB venderam irresponsavelmente as Usinas de Cachoeira Dourada e Corumbá, cujos recursos ninguém até hoje conseguiu identificar onde foram aplicados. Um dos maiores patrimônios dos goianos, Cachoeira Dourada virou pó. Aliás, virou água.
Se atualizarmos o valor da venda de Cachoeira Dourada, chegaríamos hoje a um inacreditável valor de mais de R$ 2,8 bilhões. Estes recursos dariam para reconstruir, nos preços praticados pela atual administração, 9,3 mil quilômetros de rodovias pavimentadas. Ou construir e pavimentar 2,8 mil quilômetros de novas rodovias. Ou 35 hospitais do porte do Hugo 2. Ou, ainda, 56 mil casas populares.
Portanto, se tivessem sido bem aplicados, teríamos visto que, mesmo sendo um péssimo negócio para a Celg e para o povo de Goiás, esta fortuna teria sido revertida em alguma coisa concreta e palpável. A venda de Cachoeira Dourada foi o mesmo que uma pessoa vender o motor de seu carro e, para fazê-lo andar, colocar alguém empurrando. Um dia isso vai dar problema, não é mesmo?
Foi o que aconteceu com a Celg. Depois da venda de Cachoeira Dourada, ela ainda teve sua situação agravada por um contrato, extremamente lesivo à companhia, que a obrigava a comprar energia da usina, que um dia foi sua, a valores muito acima dos praticados no mercado.
Esta situação só foi revertida nos governos de Marconi Perillo, que renegociou o contrato absurdo. Portanto, a privatização de Cachoeira Dourada é a origem de todos os problemas enfrentados pela Celg ao longo dos anos. Mas vale lembrar que o PMDB, também de forma equivocada e contrariando todos os estudos técnicos da época, construiu a quarta etapa de Cachoeira Dourada quando o correto seria construir a Usina de Corumbá.
E, para completar a sequência incrível de absurdos, os recursos provenientes da venda do maior patrimônio da Celg, a usina de Cachoeira Dourada, não foram reinvestidos na empresa. Estes recursos deveriam ter sido aplicados em novas subestações, linhas de transmissão e distribuição. Mas o dinheiro não foi usado para melhorar a capacidade operacional da companhia, ou até mesmo na construção da Usina de Corumbá, que o PMDB também vendeu a preço de banana.
A absurda sequência de atos lesivos à Celg deteriorou seu patrimônio. Uma situação que levou o governador Marconi Perillo a tomar a decisão acertada e corajosa de transferir o controle da empresa à Eletrobrás, com o Estado ainda mantendo 49% de suas ações.
Em relação à UEG, mais uma das grandes obras dos governos de Marconi Perillo, Eurico Barbosa comete mais um equívoco. A Universidade é, todos sabem, uma das grandes conquistas do povo goiano. E, mesmo com dificuldades pontuais enfrentadas ao longo de sua existência, ela continua recebendo por parte da atual administração, total apoio e investimentos. De administração independente, a UEG teve gestões ineficientes que ocasionaram problemas, mas hoje eles estão sendo enfrentados e corrigidos.
Em relação ao Centro de Excelência, a paralisação das obras e a demolição do Estádio Olímpico ocorreram no governo anterior ao atual. A demolição do Estádio, sem a garantia da construção de um novo, foi mais uma das muitas irresponsabilidades do governo anterior, defendido pelo autor em seu artigo. Aliás, só a defesa do governo de Alcides Rodrigues, feita pelo articulista, já demonstra à exaustão que ele se encontra totalmente desconectado da realidade.
Em minha opinião, a miopia de quem defende o governo anterior impede-o de enxergar o que se passa de verdade. Depois de muitas discussões no âmbito jurídico, conseguimos solucionar todas as pendências e retomar a obra. Vamos concluir o Laboratório do Centro de Excelência ainda este ano. Já publicamos o edital de licitação para construção do novo Estádio Olímpico, que estará pronto até junho do ano que vem. Se, antes de escrever, o articulista tivesse se dado ao trabalho de passar pela Avenida Paranaíba, talvez tivesse enxergado que as obras estão em pleno andamento.
Em relação à malha rodoviária, parece que dr. Eurico mora em outro Estado. O atual governo herdou estradas abandonadas, sem manutenção e em estado de absoluta calamidade. Algumas delas construídas nos anos 80, sem projeto adequado, com asfalto de péssima qualidade, sem acostamento... Eram verdadeiros trieiros asfaltados.
O governo de Marconi Perillo executa o maior programa rodoviário da história goiana e um dos maiores do País. Estamos reconstruindo, dentro de padrões técnicos adequados, mais de 5 mil quilômetros de rodovias pavimentadas. Deste total, 2.081 quilômetros já foram entregues e pagos. Estamos reconstruindo hoje mais 2,2 mil quilômetros, que estarão concluídos até o final do ano. E, para 2014, está prevista a reconstrução de mais 1,75 mil quilômetros. Quem circula aqui nas rodovias reconstruídas pelo atual governo pode testemunhar o nível de intervenção e a qualidade dos serviços. Não estamos fazendo tapa buracos nem recapeamento, como na época do PMDB. Efetivamente, estamos reconstruindo nossas rodovias. Todas elas com sinalização diurna e noturna e dentro dos mais modernos padrões. Além disso, estamos duplicando todas as saídas de Goiânia. No mais, estamos - também - construindo mais de 2.400 quilômetros de novas rodovias pavimentadas em Goiás.
Ao final desta administração, Marconi Perillo terá executado, na área rodoviária, mais do que todos os outros governos somados, colocando-se aí, inclusive, seus outros dois mandatos. Para falar em obras rodoviárias, portanto, o autor deveria citar como exemplo o atual governo - e não o que foi feito nos anos 80.
Em relação aos comissionados, dr. Eurico e seu partido não têm condições de fazer questionamentos. Foram eles algozes do funcionalismo público. Eles demitiram, colocando 20 mil famílias no olho da rua. Eles achataram em seus governos o salário do servidor público.
O governador Marconi Perillo, ao contrário do PMDB, foi o que mais investiu e prestigiou o funcionalismo público na história de Goiás. Inclusive inovando no preenchimento de cargos de chefia e gerência através do critério de meritocracia, sem apadrinhamento político, prática que era amplamente adotada pelos governos do PMDB.
Diferentemente do que afirma o autor, o que ele chama de enfermização das finanças estaduais teve início nos governos do PMDB, quando quebraram o BEG, a Caixego e o Banco de Desenvolvimento. Venderam Cachoeira Dourada e tomaram vultosos empréstimos que, mal aplicados, colocaram o Estado em situação gravíssima.
Em 1998 o governo incompetente e demagógico do PMDB nem conseguia mais pagar ao menos a folha de pessoal. Ao contrário do que os pemedebistas acreditam, o povo se lembra muito bem das mazelas e do caos deixados por seus governos.
O governador Marconi saneou as finanças estaduais e colocou a folha de pagamento em dia, pagando inclusive os salários dentro do mês trabalhado e o 13º no mês do aniversário do funcionário.
Em relação às contas apresentadas por Alcides Rodrigues e por seu secretário Jorcelino Braga, o tempo encarregou-se de desmascará-los. Para dar uma ideia: o montante total da dívida do Estado hoje é de R$ 16 bilhões. Portanto, bem abaixo dos R$ 22 bilhões propagados pelo governo anterior e citados por dr. Eurico.
Para justificar inoperância, incompetência e desviar a atenção da população para seus malfeitos, a gestão anterior inventou a falácia do déficit de R$ 100 milhões, nunca demonstrado à população por ser irreal e fictício. Prova maior da irresponsabilidade daquele governo é que não realizaram absolutamente nada e ainda deixaram mais uma vez a folha de pagamento e fornecedores em atraso para que o governador Marconi colocasse em dia. Aliás, o slogan justo para retratar o governo de Alcides Rodrigues deveria ter sido Atraso com Irresponsabilidade.
Se dr. Eurico Barbosa quiser aprofundar a discussão sobre endividamento e contas públicas, posso fazer isto com muito prazer. Com números reais, verdadeiros. O ideal seria partirmos de 1983.
Em relação a novos empréstimos, o atual governo obteve da Secretaria do Tesouro Nacional, órgão do governo federal, autorização para contratar empréstimos, de 2011 a 2014, no valor de R$ 7,7 bilhões. Neste mesmo período (2011 a 2014), o atual governo terá pago à União e a instituições financeiras R$ 10,3 bilhões, referentes a juros e amortizações da dívida total do Estado. Portanto, teremos pago em 4 anos um valor bem superior ao contratado na atual gestão. E convém registrar que os empréstimos que estamos tomando têm carência média de 7 anos e prazos de pagamento superiores a 15 anos, com excelentes taxas de juros.
Dos R$ 7,7 bilhões de empréstimos, R$ 3,2 bilhões destinam-se ao saneamento financeiro da Celg, em estado pré-falimentar pelas razões aqui explicitadas. Se a Celg ainda possuísse sua geradora de energia, seria praticamente autossuficiente e não teria necessidade de comprar energia de terceiros. Dr. Eurico poderia pegar os balanços da Edesa, atual proprietária de Cachoeira Dourada, e enxertá-los nos da Celg para ver se a empresa seria viável ou não. Aliás, ele concluiria que, sem a venda de Cachoeira Dourada, a Celg seria hoje uma empresa saudável e lucrativa.
A relação dívida/receita do governo de Goiás vem sendo reduzida anualmente. Em 1997, nos famigerados governos do PMDB, ela era de 3,52. Em 2013, esta relação já caiu para 0,94. Uma queda vertiginosa, que coloca Goiás numa das melhores posições na relação dívida/receita entre as unidades federativas. Fica claro que, também no quesito administração fiscal/financeira, os governos de Marconi Perillo são melhores, mais eficientes e infinitamente mais responsáveis que os do PMDB. Aliás, se não fossem assim, não teriam recuperado as finanças do Estado e sua capacidade de investir.
O que ainda penaliza as finanças estaduais é o encargo da dívida com a União, algo que consome quase 18% de nossa receita. O Estado só está conseguindo tomar esses financiamentos em virtude do maior ajuste fiscal da nossa história, feito na atual gestão. Este governo equilibrou as contas públicas e está tomando financiamentos dentro de sua capacidade de pagamento, pois o governo federal, através da Secretaria do Tesouro Nacional, só aprova empréstimos rigorosamente dentro da capacidade de pagamento dos Estados. Diferentemente do que foi feito nos governos do PMDB, os recursos obtidos através destes financiamentos são investidos na melhoria de nossa infraestrutura.
Os governos anteriores de Marconi Perillo, com uma política arrojada de incentivos, atraíram para Goiás muitas indústrias, alterando substancialmente nosso perfil socioeconômico. Hoje, investimos para dar suporte ás empresas que para cá vieram e para termos condições de continuar atraindo outros investimentos.
Do atual governo, poderia listar aqui uma infinidade de obras, programas e ações que estão mudando significativamente a vida dos goianos. Mas, para não alongar muito, cito apenas os mais representativos;
Saneamento e reestruturação do Ipasgo
Meritocracia para o Servidor Público
Bolsa Universitária
Restaurante Cidadão
Bolsa Futuro
Gestão Inteligente, na área da saúde, através das OSs
Reforma de 9 mil salas de aula da rede pública
Construção de mais de 30 Vapt Vupts
Construção de 6 Credeqs
Construção do Hospital Regional de Uruaçu
Construção do Hospital de Urgência da Região Noroeste - Hugo 2
Construção de três viadutos em Goiânia
Duplicação e Iluminação da GO-070, até Inhumas
Reconstrução, Urbanização e Revitalização da Rodovia dos Romeiros
Conclusão do Centro de Excelência do Esporte
Conclusão do viaduto do Setor Madre Germana
Construção do Centro de Convenções de Anápolis
Duplicação, iluminação e ciclovia de Goiânia a Bela Vista de Goiás
Duplicação, iluminação e ciclovia de Goiânia a Senador Canedo
Duplicação da GO-080, de Nerópolis a São Francisco
Duplicação da GO-070, de Inhumas a Goiás
Construção do Sistema João Leite
Reconstrução de 5 mil quilômetros de rodovias pavimentadas
Construção de 2,4 mil quilômetros de novas rodovias
Construção de dezenas de escolas
Investimentos de mais de R$ 1 bilhão em saneamento e água tratada
Programa Renda Cidadã
Aeroporto de Cargas de Anápolis
Programa Rodovida Urbano
Programa Rodovida Manutenção .
Poderia enumerar muito mais obras e ações da atual administração. Os governos de Marconi Perillo transformaram e transformam Goiás. Só não vê quem não quer. Não é mesmo, dr. Eurico Barbosa?
Fonte: Diário da Manhã / Jayme Rincón, presidente da Agetop
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
Todos os direitos reservados. Desenvolvido por Supera Web X