O Programa de Desligamento Incentivado, nome com que a Eletrobras nomeou o PDV que está em andamento deverá ter um custo de R$ 1,5 bilhão para a companhia ainda este ano. De acordo com o presidente da estatal, José da Costa Carvalho Neto, esse montante poderá variar dependendo do nível dos empregados que aderirem ao novo programa. A estimativa é de que 5 mil pessoas possam aderir ao programa de um total de 9,6 mil empregados elegíveis.

A intenção da empresa é de lançar o PDI ainda este mês e colocado em prática durante o segundo trimestre. Segundo o presidente da empresa, o programa já começou em Furnas e na Eletronorte.

Em sua avaliação, esse programa que é um dos pilares para a companhia alcançar a meta de readequar a sua despesa à nova realidade de receita com a renovação das concessões, trará um benefício grande para a companhia. "Calculamos a taxa de retorno que é de 60% a 70%, então isso mostra que se trata de um projeto bastante eficiente para a companhia", avaliou Carvalho Neto.

De acordo com o diretor de Finanças e de Relações com Investidores da holding, Armando Casado de Araújo, o impacto desse programa já será sentido pela empresa no segundo trimestre, quando serão provisionados os valores das indenizações aos trabalhadores que deixarão a companhia.

Carvalho Neto explicou que uma grande parte dos trabalhadores da empresa estão com mais de 20 anos de serviço e há outra faixa de empregados que estão com menos de 10 anos e que por este motivo a empresa já iniciou um projeto de capacitação dos funcionários com menos tempo para manter a capacidade operacional quando os mais velhos se desligarem. Dos 27 mil trabalhadores da empresa, cerca de 35% podem ser elegíveis ao programa de desligamento. Além disso, 5 mil pessoas que trabalham na empresa já são aposentados pelo INSS.

Fonte: Canal Energia