Após a transferência oficial das ações para a Eletrobras, a Celg deverá contratar empréstimo para repactuar as dívidas de curto prazo e também para a devolução dos R$ 227 milhões ao Estado. Nos bastidores, a informação é que a companhia tem intenção de fechar R$ 2 bilhões, com garantia da STN e da Eletrobras.
O presidente da Celg, Leonardo Lins de Albuquerque, afirmou ontem que não participou da reunião no MME e que, por isso, não falaria a respeito. “É uma discussão em nível superior. Não tenho informação. É preciso falar com os que estavam lá”, disse.
Leonardo afirmou ao POPULAR em março que a empresa precisaria de fato de um empréstimo para ampliar o prazo para pagamento das dívidas e permitir fôlego para novos investimentos. O valor seria de, pelo menos, R$ 1,2 bilhão, segundo ele.
No ano passado, foram aplicados R$ 70 milhões em reforma e ampliação de rede, enquanto a necessidade, segundo o presidente, era de R$ 250 milhões. Para este ano estão previstos agora, além dos R$ 227 milhões do Estado, pelo menos a mesma quantia investida no ano passado com recursos da Celg. Assim, o valor alcançaria R$ 300 milhões.
A partir do possível empréstimo da Celg para renegociação de dívidas, a companhia passaria a ter fluxo de caixa para fazer os investimentos necessários nos próximos anos. Segundo Leonardo Lins, a empresa levará de dois a três anos para apresentar um bom nível de qualidade, se mantiver a média de investimentos entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões.
AÇÕES
As duas avaliadoras contratadas na operação da Celg – Deloitte pela Eletrobras e a Funape/UFG pelo governo estadual – teriam uma reunião ontem para discutir critérios de avaliação e tentar chegar a um consenso sobre o valor. A intenção é que as diligências sejam agilizadas para facilitar o contrato de compra e venda das ações e, daí em diante, a transferência.
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