O presidente da Celg, Leonardo Lins de Albuquerque, afirmou ontem, por meio de nota, que a empresa prepara investimentos de cerca de R$ 135 milhões em obras emergenciais e ampliação do sistema para tentar melhorar o desempenho no fornecimento de energia elétrica em Goiás.
Leonardo admite ser insatisfatório o resultado da empresa levando em conta o crescimento do número de horas em que os goianos ficaram sem energia em 2012, conforme mostrou o POPULAR na edição de sábado, mas atribuiu o cenário de dificuldades principalmente à falta de investimentos ao longo dos últimos anos e consequente “elevado acúmulo de pontos críticos no sistema existente”.
Conforme citado na reportagem, cada consumidor goiano ficou 35 horas, em média, sem luz no ano passado. Em 2011, o índice registrado foi de 22 horas. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que estabeleceu como meta 17 horas para a Celg em 2012.
Embora prometa investimentos, o presidente da Celg não dá detalhes de quando serão feitos e a origem dos recursos. Ele confirma que a Eletrobras não fará aportes na empresa, já que a companhia continua tendo como acionista majoritário o governo de Goiás.
Leonardo acusou atrasos em procedimentos licitatórios de contratação de equipes de manutenção. “Processos que, se diga de passagem, foram iniciados no primeiro semestre de 2011 e por razões que extrapolaram ao controle da administração da Celg somente foram concluídos, e apenas em parte, no final de 2012”, diz a nota.
O presidente também diz que a empresa necessita de “expressivo volume de investimentos”, sem citar o valor, e ressaltou o acúmulo de dívidas, que resultaram em seis anos de tarifa congelada. “Por outro lado, os requisitos de energia elétrica na área de concessão vêm crescendo em taxas anuais bem elevadas, tendo em atingido 7,4 % em 2012.”
Leonardo afirma que a companhia está focada este ano na busca de resultados operacionais melhores que os de 2012, com revisão de procedimentos operacionais, aumento do número de equipes de manutenção (conforme conclusão das licitações) e intensificação do trabalho nas regiões em que o número de horas sem energia foi maior.
TRANSFERÊNCIA
O presidente da Celg confirmou que o cronograma do acordo com a Eletrobras está atrasado no tocante à transferência de ações para a estatal federal, mas que é possível encerrar o processo ainda este ano.
“As duas partes signatárias - o Estado de Goiás e a Eletrobras -, estão priorizando as respectivas responsabilidades e atividades, o que permite projetar ser possível a efetivação da transferência de controle acionário (51%) ocorrer até o final do corrente ano.”
EMPRÉSTIMOS
Leonardo afirma que a Celg tentou, em abril do ano passado, obter empréstimo de R$ 195,6 milhões com recursos da Reserva Global de Reveersão (RGR), mas houve impedimento por conta da medida provisória 579. Agora, a empresa busca financiamento da Caixa Econômica Federal, com apoio do Tesouro Nacional, para realizar investimentos e reestruturar o perfil da “sua ainda elevada dívida”.
“É imprescindível e fundamental a Celg obter fonte de financiamento para investimentos, pois não há suficiente sobra de caixa para isso”, diz o presidente, sem, no entanto, informar o valor do empréstimo necessário.
Além do número de horas sem energia, recorde em dez anos, a Celg também registrou crescimento da frequência de quedas no fornecimento - 24,21 vezes em média por cada consumidor, enquanto a recomendação da Aneel foi de 17,68.
Por conta das quedas, a Celg teve de desembolsar R$ 52,7 milhões em 2012 para as chamadas compensações de continuidade - ressarcimento ao consumidor através de descontos na conta de luz por conta dos apagões. Em 2011, o valor total pago pela Celg em compensações foi de menos da metade do ano seguinte - R$ 23,7 milhões.
Fonte: O Popular / 11.03
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
Todos os direitos reservados. Desenvolvido por Supera Web X