Empresa prepara plano para se adaptar à perda de receita com o pacote de energia
O plano de reestruturação da Eletrobrás terá o desafio de reduzir em 30% os custos da estatal ao longo dos próximos três anos e aumentar também em 30% suas receitas no mesmo período. O presidente da companhia, José da Costa Carvalho Neto, confirmou ontem que a venda de ativos da empresa é uma das alternativas que estão sendo avaliadas junto ao Ministério de Minas e Energia (MME) para atingir esses objetivos.
“Se desfazer de ativos é uma alternativa, mas o plano não está concluído e, se isso ocorrer, será comunicado ao mercado”, disse o executivo ontem, antes de participar de uma reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, em Brasília. A expectativa é de que o plano esteja pronto em até duas semanas, já com o aval do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
Segundo Carvalho Neto, a diminuição de custos virá com a redução de serviços, viagens, patrocínios e até mesmo de materiais, além do já anunciado plano de demissão voluntária – ou “desligamento incentivado”, nas palavras do executivo – de funcionários em idades próximas à aposentadoria. Somente Furnas deve reduzir em até 35% o quadro de funcionários até 2018, além do corte de 22% nos seus gastos de custeio no período.
Carvalho Neto já havia dito que a reestruturação do Grupo Eletrobrás seguiria o modelo de Fumas. Ontem, ele citou que o plano buscará uma nova “estrutura negociai” para a companhia, o que poderia envolver até mudanças societárias. O executivo evitou comentar se isso ocorreria por meio de uma capitalização por meio do Tesouro Nacional. “Vamos buscar novas alternativas de funding (fontes de recursos)”, acrescentou.
Mais afetada. Por causa do seu tamanho, a Eletrobrás foi a empresa mais afetada pela mudança de legislação que possibilitou a renovação antecipada das concessões de geração e transmissão de energia, com a conseqüente redução de tarifas para a indústria e para consumidores residenciais. Por isso, a companhia precisa encolher para fazer frente à redução das receitas já a partir deste ano.
A principal preocupação é a manutenção da capacidade de investimento. Antes do pacote do governo ser anunciado, Carvalho Neto esperava receber cerca de R$ 30 bilhões em indenizações pelos ativos não amortizados da companhia. Mas a metodologia empregada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e referendada pelo Ministério de Minas e Energia resultou em uma compensação inicial de R$ 14 bilhões.
Posteriormente, a Eletrobrás conseguiu convencer as autoridades do setor a considerarem no cálculo da indenização as linhas de transmissão construídas antes do ano 2000, que até então haviam sido ignoradas no cômputo das compensações.
O valor ainda não foi anunciado, mas as expectativas dentro da companhia são de que o total a ser indenizado possa saltar para cerca de R$ 25 bilhões – bem mais próximo da previsão original de Carvalho Neto o que deixaria a estatal bem capitalizada e posicionada para continuar seu cronograma de investimentos.
Fonte: Agência Brasil
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