Na última quinta feira, 21/01, um empregado da Celg  levou um forte choque durante a manutenção da rede de energia, em Anápolis, após o acidente ele ficou pendurado, preso pelo cinto de segurança, e foi resgatado por colegas. Segundo testemunhas, o trabalhador, aparentemente, não sofreu queimaduras graves e acordou pouco antes de ser levado para o Hospital de Urgências de Anápolis (Huana), onde está internado em observação.

No dia 17 de janeiro um jovem de 21 anos morreu, em Itumbiara, depois de levar um choque elétrico. A vítima fazia a manutenção da rede elétrica em um poste na Avenida Equador, quando levou o choque.

O rapaz se mudou para a cidade havia um ano para trabalhar em uma empresa terceirizada da Celg no município. Segundo apontado no laudo médico, o jovem morreu eletrocutado.

Engenheiros, técnicos de segurança e eletrotécnicos da Celg e da empresa estiveram no local nesta sexta-feira (18) para investigar as causas do acidente.

O Stiueg vem há duas décadas chamando a atenção para com o  desrespeito à pessoa humana, aos trabalhadores do setor elétrico. Antes das terceirizações em 1993 ocorreram 87 acidentes em 816 dias, em 1996, foram 132 acidentes em apenas 270 dias, quase cinco vezes mais.

A energia elétrica não tem cheiro, não tem cor, não faz barulho  e executando o serviço com pressa, com pressão por produtividade, com cobrança de metas, com uma jornada além do que o corpo dá conta aumenta os riscos de acidente de trabalho.

A alegação dos analistas de que a terceirização é necessária ao negócio de energia elétrica não dá valor nenhum à vida, além de ser falsa em termos econômicos e financeiros para a Celg (é só observar o endividamento da Empresa após as terceirizações).

O Stiueg espera que as ações em andamento na Justiça, bem como as que o sindicato vem preparando, coloquem fim à terceirização.