O alerta é da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que, ontem, publicou novas estimativas sobre o desemprego no mundo e revelou que, depois de atingir os países ricos nos últimos anos, será a vez de os emergentes serem contaminados pela crise nos próximos cinco anos.
Para a entidade com sede em Genebra, os anos de blindagem dos mercados emergentes em relação à crise acabaram, pelo menos em relação aos empregos. A taxa de desemprego no Brasil foi de 6,3% no fim de 2012, segundo os dados da OIT. Subirá para 6,5% em 2013 e, em 2014, atingirá 6,6%, a maior desde 2009 e acima da média mundial. Ao final de 2012, o País somava 6,5 milhões de desempregados. Neste ano, chegará a 6,9 milhões. Já em 2014, vai superar a marca de 7 milhões de brasileiros.
Na América Latina a taxa de desemprego vai voltar a subir nos próximos cinco anos, passando dos atuais 6,6% em 2012 para 6,7% em 2013 e chegando a 6,8% entre 2014 e 2017.
Em 10 anos, 400 milhões entraram na classe média
Nos últimos dez anos, 400 milhões de pessoas passaram a fazer parte da classe média e, nos próximos cinco anos, pela primeira vez, mais de 50% dos trabalhadores em países emergentes não serão considerados pobres.
Os dados foram publicados anteontem pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A OIT classifica a classe média com base em uma renda de US$ 4 a US$ 13 ao dia e não esconde que espera que esse novo segmento compense a queda no consumo nos países ricos.
Há dez anos, 23% dos trabalhadores eram considerados integrantes da classe média. Hoje, esse índice chega a 40%. Em uma década, 401 milhões de pessoas entraram para esse grupo.
Fonte: Agencia Estado