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Portal da transparência

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23/10/2012

Em qualquer lugar do Brasil, o maior jornal de oposição é o Diário Oficial. Nele devem estar as compras desnecessárias, as licitações matreiras, as nomeações dos apaniguados. Enfim, é a maneira de expor parte do subterrâneo dos gestores. Agora, a lei criou um mecanismo de divulgação ainda mais eficiente que o Diário Oficial, é o Portal da transparência. Trata-se da obrigatoriedade de prefeituras, estados e o governo federal criarem página na internet com todos os segredos.

A pior notícia que Goiânia poderia receber em seu aniversário seria a venda de mais áreas públicas. Se nossa Capital pudesse pedir um presente ao governador Marconi Perillo e ao prefeito Paulo Garcia, certamente emitiria um grito de socorro. Goiânia já não tem terreno público para construir nem obras prioritárias, como creches, hospitais e colégios. A Câmara Municipal, com a independência e a honestidade que lhe são peculiares, doou áreas  para igrejas, empresas e eleitores. A prefeitura fez a sua parte, legalizando invasões de praças, autorizando loteamento em cima de nascentes, incentivando os crimes ambientais.

Felizmente, essas agressões podem fazer parte do passado de trambiques de administradores pilantras. Um grande passo para acabar com os rolos se dará se o governador voltar atrás na decisão de vender duas grandes áreas públicas. A mais cobiçada é a que abriga batalhões da Polícia Militar ao lado do Parque Areião, no valorizado Setor Marista. A outra, igualmente desejada pelas empreiteiras amigas do alheio, é vizinha do Estádio Serra Dourada. Se o governador realmente entregar esses terrenos para a especulação imobiliária estará enganado ou enganando, como dizem seus adversários políticos.

O Diário Oficial e o Portal da Transparência mostram que o governo de 
Goiás está distante de apertos financeiros. Ao contrário. Pelo que se lê nos balancetes, a rotina é sobrar dinheiro nos cofres estaduais. Então, não existe qualquer motivo para privatização dos terrenos. O que se pode arrecadar com a venda, na melhor das expectativas, é muito menor que o dano para a cidade.

Os quartéis da PM ocupam um quarteirão caro em vários sentidos e é pretendido há muito tempo pelas empreiteiras. Antes, a prefeitura impedia a construção de prédios com mais de nove metros de altura naquela região. Os financiadores de campanha tanto pressionaram que foi mudado o Plano Diretor. Essa mudança provocou dois efeitos. O primeiro são edifícios luxuosos de mais de 100 metros de altura em frente ao Parque Areião. Nenhum apartamento sai por menos de 1 milhão de reais. A outra consequência se encontra atravessando a rua e olhando as fontes do parque. Elas simplesmente secaram, porque os espigões têm 40 andares para cima e quatro para baixo, acabando com as minas.

No outro terreno deveria ser feito o Parque das Crianças, idealizado por Henrique Santillo, pai político de Marconi. Em vez de um local para brincadeira da meninada, poderemos ver o piquenique dos barões que bancam candidaturas.

O apelo para que o governador volte atrás e não venda os terrenos tem como base o amadurecimento do próprio Marconi. Ele está visivelmente mais experiente. O que perdeu em ímpeto, ganhou em sabedoria. No atual mandato, Marconi já deixou de cometer alguns erros porque foi alertado e se resignou. Assim ocorreu com os professores, com a terceirização de Vapt-Vupt e até com outra venda de área pública. Este seria o caso mais grave. Noticiou-se que Marconi iria derrubar uma escola no Setor Oeste e vender o quarteirão para empreiteiras. A população reagiu e o negócio foi abortado. Aguarda-se que o governador desista das duas novas vendas. Será um presente para a população no aniversário de Goiânia. Será uma homenagem a Henrique Santillo. E será, sobretudo, uma sinalização de respeito ao futuro. Afinal, Goiânia precisa de espaço para criança brincar, não de prédio para empreiteiro lucrar.

Ouça o editoral na íntegra: http://www.portal730.com.br/podcasts/editoral-22102012

Fonte: Da Redação / Rádio 730 am

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