Matéria de capa do Jornal O POPULAR do dia 27/09/2012 “AFINAL, DE QUEM É A CELG?” nesta reportagem de uma página, fica evidenciada a precária situação que vive uma das maiores empresas do Centro Oeste Brasileiro e a maior arrecadadora de ICMS do Estado de Goiás.
Para entender a real situação da empresa é necessário fazer uma análise histórica e voltar os olhares para a década de 90 quando o Governo do Estado de Goiás inaugurou o projeto neoliberal do PSDB e vendeu a USINA DE CACHOEIRA DOURADA e a USINA DE CORUMBÁ para a iniciativa privada.
Nesta época 60% da geração de energia de todo o Estado foi vendida de forma irresponsável e a CELG passou a comprar energia que anteriormente ela mesmo vendia. Iniciou-se o desmonte que culminou com a atual manchete de OPOPULAR: DE QUEM É A CELG?
Apagões, prejuízos, precarização de serviços, são rotinas na atual gestão. Quem não analisa os fatos do passado não compreende o presente. Tudo que está acontecendo foi milimetricamente planejado, arquitetado e projetado para que a maior empresa de Goiás fosse entregue de mãos beijadas ao Governo Federal, para posterior privatização.
Este hiato entre a administração do governo de Goiás e a transição ao Governo Federal, expõe as feridas herdadas pela CELG nas más administrações anteriores. Isso terá um preço futuro a ser pago mais uma vez pela população. Quando o elo da corrente representada pelo Governo Federal, se romper alegando falta de recursos para manutenção e investimento na CELG, buscarão a solução mágica que atende pelo nome de INICIATIVA PRIVADA. Eis o mistério revelado. Chegou-se ao fundo do poço em uma trama ardilosamente elaborada entre Governo de Goiás e Governo Federal para definitivamente vender aquela que já foi ao maior patrimônio do povo de Goiás.
O STIUEGcoloca-se ombro a ombro com os trabalhadores da CELG e não permitirá que seja imputada aos funcionários da empresa a mancha da incompetência pela atual situação. Pois a população, sabiamente, sabe de quem é a culpa.
Graças à luz da historia podemos também fazer a seguinte leitura: A próxima vitima desta sede privaticionista será a SANEAGO. Da mesma forma que o Governo de Goiás na década de 90 vendeu a sua Geração de energia, através da USINA DE CACHOEIRA DOURADA, agora insistem na terceirização dos serviços de saneamento básico, também para a iniciativa privada. Na época a CELG perdeu 60% de sua capacidade de Geração, hoje a SANEAGO busca entregar quatro grandes cidades, com população de quase 900 mil moradores, um faturamento bastante expressivo ao fluxo de caixa da SANEAGO.
É importante lembrar que apenas 35 cidades (sistemas de água esgoto), das mais de 240 em todo o Estado mantêm toda liquidez da empresa.
Entregando os maiores sistemas significará o esfacelamento da tarifa cruzada, ou seja, o fim do subsidio para manutenção dos pequenos municípios. Então a tão divulgada Universalização do Saneamento deixará de existir. Ou a iniciativa privada em sua benevolência irá manter os sistemas de água e esgoto em municípios que não são atraentes financeiramente. A história se repete e em um futuro bem-próximo poderemos estar lendo a seguinte manchete nos jornais, “AFINAL, DE QUEM É SANEAGO”?
Para que este ritual não se concretizecom aSANEAGO, o STIUEG tem travado incansáveis batalhas, procurado de todas as formas esclarecer a população sobre o perigo que ronda nossos lares.
O STIUEG, juntamente com o MINISTÉRIO PÚBLICO, conseguiu inúmeras vitórias pela manutenção da SANEAGO como patrimônio do povo de Goiás. Conclamamos os trabalhadores e a população para cerrarem fileiras neste movimento de resistência. Não permitiremos a repetição deste triste fato histórico acontecido com a CELG.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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