O volume de crédito contratado por consumidores e empresas no Brasil cresceu mais de 500% em dez anos, segundo estudo da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) divulgado nesta quarta-feira (12).
Se em junho de 2002 o volume emprestado foi de R$ 351,6 milhões, no mesmo mês de 2012 a concessão de crédito atingiu R$ 2,1 bilhões — um crescimento de 516,4% no período.
O número corresponde à metade das riquezas do País, calculadas pelo PIB (Produto Interno Bruto). De 2002 para cá, essa proporção se expandiu de 27,2% do PIB para 50,6%.
Porém, o Brasil ainda fica atrás das principais economias, pondera o coordenador de estudos econômicos da entidade, Miguel José Ribeiro de Oliveira.
— É fato que o volume total do crédito do País ainda é baixo quando comparado às principais economias, nas quais este número atinge mais de 100% do PIB.
De acordo com o estudo da Anefac, a expansão de 500% ocorreu em um cenário de redução das taxas de juros, diminuição dos spreads bancários (diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e as taxas pagas pelos bancos aos investidores), aumento dos prazos médios de financiamento e pequeno aumento do calote.
Entretanto,os juros aos consumidores e empresas e os spreads bancários continuam elevados, explica a Anefac. A entidade defende que há espaço para redução dos valores, por meio da redução da taxa básica de juros, a Selic (em queda desde julho de 2011), ou pela competição do sistema financeiro ou por medidas do governo como redução dos impostos.
A queda dos índices de calote também é fundamental para que os juros caiam ainda mais.
Evolução do crédito
Em dez anos, o crédito para empresas saltou de R$ 132,9 milhões para R$ 598,6 milhões. Já para os consumidores, o volume cresceu de R$ 76,5 milhões para R$ 545,8 milhões.
Entre 2002 e 2012, as taxas de juros caíram de 47% ao ano para 31,1% ao ano. Para empresas, o recuo foi de 29,7% ao ano para 23,8%, enquanto que para consumidores a redução foi de 70,4% ao ano para 36,5%.
Outro estímulo à contratação de crédito foi o aumento do prazo médio de financiamento. Na comparação com 2002, consumidores e empresas tiveram mais tempo para pagar os empréstimos — de 315 dias em 2002 para 610 dias em 2012.
O calote geral (prazos vencidos há mais de 90 dias), por outro lado, cresceu, passando de 4,7% em 2002 para 5,8% em 2012. Esse aumento é atribuído às empresas, cuja inadimplência era de 2,9% em 2002 e passou para 4% em 2012.
Para consumidores, no entanto, houve redução. Se há dez anos o índice era de 8,3%, em junho deste ano passou a ser de 7,8%.
Fonte: Portal R7
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