O consumidor deve se preparar para sentir no bolso fortes oscilações do preço da energia elétrica. A tarifa, que sobe 12,1% hoje em Goiás, depois de aumentar 13,05% em junho, deverá sofrer a redução de 16,2% a partir do próximo ano em decorrência das medidas anunciadas ontem pelo governo federal. No final das contas, entre aumentos e redução, a conta de luz ficará 6,52% mais cara para as famílias goianas a partir de 2013.
O cálculo foi realizado por analistas e técnicos da Companhia Energética de Goiás (Celg), a pedido do POPULAR, ontem, depois da presidente Dilma Rousseff anunciar a diminuição média de 16,2% no preço da energia para residências e 28% para indústrias a partir de 2013, por causa dos cortes dos tributos e pela renovação das concessões.
Assim, uma família que pagava R$ 100 pelo consumo de energia em maio chegará a janeiro com a conta no valor de R$ 106,52. No intervalo de sete meses, entre junho e janeiro, porém, caso o consumo desta família continue o mesmo, o pagamento passará para R$ 113,05 e atingirá R$ 126,81 (veja quadro ao lado), mas sofrerá queda em 2013.
O aumento de 12,1% para o consumidor de baixa tensão (residencial) e de 15% para o de alta tensão (industrial), que entra em vigor hoje, foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em julho. Esta operação é resultado de negociação entre governos federal e estadual, que culminou com a transferência de 51% das ações da companhia para a Eletrobras.
Esta foi a segunda vez em seis anos que a Celg corrige suas tarifas. A primeira foi em junho deste ano. Com o aumento médio de 13,05%, a receita da Celg saltou em cerca de R$ 40 milhões mensais. A companhia estava impedida de alterar os preços de suas tarifas desde 2006 por conta de sua inadimplência.
Para analistas, o reajuste médio final de 6,5% da tarifa de energia elétrica não vai onerar o orçamento do consumidor nem interferir na competitividade do setor econômico. Se comparado ao mercado de outras concessionárias, Goiás continua com uma das menores tarifas do Brasil. Isso porque os reajustes ainda não conseguiram recuperar as perdas durante o período de congelamento do preço.
ENCARGOS SETORIAIS
O governo federal vai atacar em duas frentes para reduzir as tarifas: dos encargos e dos novos contratos das concessões. Apenas a primeira medida será responsável pela redução de cerca de 6% da tarifa. Na segunda, por sua vez, fará que o preço final caia 10%.
Quanto aos encargos, a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) e Reserva Global da Reversão (RGR) serão zeradas pelo governo. A Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), por sua vez, será reduzida para 25%. Juntos, estes três encargos representam R$ 7,24 de uma conta de luz orçada em R$ 100,00.
Na prática, têm o impacto reduzido se comparado a outros tributos, como o ICMS, que representa 29% da tarifa. Seu peso pode ser percebido nos repasses feitos pela Celg. De setembro de 2011 a agosto de 2012, os três encargos somaram cerca de R$ 200 milhões, repassados ao governo federal pelo Estado.
Fonte: Jornal OPopular
12 de setembro de 2012 (quarta-feira)
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