Agência Estado
Brasília - O líder do governo na Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse ontem que o destino do fator previdenciário - que serve de parâmetro para o cálculo do valor das aposentadorias - deve ser votado pelo Congresso em no máximo dois meses. Entretanto, disse que a equipe econômica ainda não chegou a uma conclusão definitiva sobre a melhor fórmula para substituir o instrumento. Após reunião de líderes da base aliada no Ministério da Fazenda, Chinaglia disse que um novo encontro ficou marcado para 10 de julho.
“Temos o compromisso de votar o fator previdenciário em até dois meses. O tema está pautado e será votado”, disse o parlamentar ao deixar o ministério. Além dos líderes e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, também participaram da reunião os ministros da Previdência Social, Garibaldi Alves, e da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
Segundo ele, a proposta inicial previa o fim do instrumento, mas uma alternativa chamada informalmente de “85-95” é a que, por enquanto, tem maior apoio da base no Congresso e começa a ser assimilada também pelas centrais sindicais, que oficialmente pedem o fim do fator previdenciário. A fórmula é resultado da soma do tempo de contribuição com a idade. Para as mulheres, o saldo deverá ser de 85. Os homens, precisam atingir 95 para ter direito a um benefício sem cortes.
Como exemplo dessa proposta, as mulheres poderiam se aposentar com 55 anos de idade e 30 anos de contribuição (85), enquanto os homens se aposentariam com 60 anos de idade mais 35 de contribuição (95).