As companhias de água e energia se tornaram parceiras do consumidor que quer economizar. Na Celg, 60% dos recursos investidos em projetos de eficiência energética são voltados para o consumidor de baixa renda, que usufrui da chamada tarifa social. O economista e gerente da Área de Eficiência Energética da Celg, Adriano Ferreira Faria, informa que entre as ações está a substituição do chuveiro elétrico, maior vilão do consumo, pelo coletor solar.
Já existem 10 mil instalados e outros 10 mil estão em fase de licitação. “Só com essa mudança, o consumo já cai 35%”, informa. Para quem tem chuveiro elétrico, ele dá uma dica: optar por um aparelho com várias temperaturas.
O projeto também vai substituir geladeiras ineficientes em consumo por outras com o selo Procel. Atualmente, quase 15 mil estão em processo de licitação. O aparelho antigo será descartado. Segundo Adriano, a Celg também recomenda as donas de casa a só passarem a roupa quando tiverem reunido o maior volume possível de peças.
Ele acredita que o apagão de 2001 ajudou a criar uma cultura de economia entre a população. As pessoas passaram a se preocupar mais com a eficiência de consumo de seus aparelhos domésticos e as indústrias passaram a investir em produtos mais eficientes, certificados pelo Procel e Inmetro. “Com o tempo, o retorno com a economia é grande, pois a fatura de energia costuma pesar muito no orçamento das famílias”.
BOA ACEITAÇÃO
Desde que foi lançado, no último dia 22 de março, o programa Olho no Óleo da Saneago já recolheu quase 5 mil litros de óleo com a adesão voluntária da população, entre residências e estabelecimentos comerciais, como restaurantes e lanchonetes. O superintendente de Marketing e Relação com o Cliente da Saneago, José Alves Alencar, informa que o programa já existia em outros estados e chegou à Goiás primeiramente por Goiânia e Aparecida. A próxima cidade beneficiada será Anápolis.
Para ele, a grande adesão surpreendeu e mostrou que o consumidor está ficando mais consciente. Para José Alves, o goianiense está cada vez mais consciente da necessidade do uso racional dos recursos hídricos, evitando desperdícios e consertando vazamentos em casa. “Também estamos procurando consertar os vazamentos nas redes o mais rápido possível para evitar o desperdício e otimizando o sistema para reduzir a incidência do problema”, garante Alencar.
Fonte: Jornal O Popular