Acerca da proposta do Governo de Goiás sobre a futura administração da CELG o Stiueg pergunta: a Empresa deve ser gerida atendendo uma política pública ou uma política visando os interesses privados? Essa pergunta o Stiueg formula por não acreditar numa administração “apolítica”. Interesse público ou privado? Que CELG desejamos?
O Governo de Goiás manifestou-se do forma irônica quando solicitou uma “consultoria (head hunter) para a seleção e contratação de executivos independentes (técnicos e profissionais) de valor ilibado”.
Ponto-a-ponto, o que isso significa?
1. Toda a solicitação é uma ironia, do tipo “faça o que eu digo, mas não o que eu faço”. Por suas próprias palavras, enquanto teve a oportunidade, o governo goiano não destinou à CELG profissionais de valor ilibado – agora quer ensinar?
2. “Executivos independentes” – independentes de quem? Que esteja claro, os dirigentes da Empresa ou serão subordinados ao interesse público ou ao privado. O interesse privado pode vir escamoteado pela terceirização, PPP’s ou pela corrupção pura e simples. Por isso somos a favor da escolha de profissionais subordinados e promotores do interesse público.
3. Outro ponto que desejamos não se tornar uma falácia é utilizar os termos “profissional” e “técnico” para definir apenas os profissionais oriundos do sistema financeiro. Esses profissionais visam o lucro e a satisfação imediata do mercado financeiro (bancos). Esses “técnicos e profissionais” não são treinados para gerir políticas públicas, são míopes em atender os interesses coletivos, de longo prazo ou estratégicos para a sociedade.
O Stiueg tem plena confiança no quadro profissional da Empresa e prega a escolha do Presidente e Diretores pelos trabalhadores. A nova administração deverá ser submetida a um escrutínio e a um controle social, com ampla fiscalização e possibilidade de revogação dos mandatos do presidente e dos diretores. O Stiueg prega medidas simples como a independência da Auditoria para fiscalizar todo e qualquer indício de irregularidade, inclusive de diretores e Presidente. A estabilidade para os auditores é outra medida simples com potencial para inibir desvios.
Mas, o principal, o Stiueg prega mais democracia. Apenas com mais democracia e transparência nossa Empresa, um patrimônio público, não sofrerá o assalto que sofreu ao longo dos últimos anos.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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