O Stiueg, juntamente aos companheiros da Saneago, realizou na tarde de ontem uma marcha contra os contratos de subconcessão dos serviços de esgoto das cidades de Trindade, Jataí, Rio Verde, Anápolis e Aparecida de Goiânia. Participaram da marcha cerca de 600 trabalhadores de todo o Estado de Goiás. O vereador Elias Vaz também caminhou junto aos empregados.
O ato foi o primeiro de muitos que virão, já que o governo de Goiás está, mais uma vez, prestes a entregar mais este patrimônio goiano. Os trabalhadores e a sociedade não admitem que outra empresa pública seja privatizada, ainda mais quando se trata de uma empresa responsável por um bem essencial ao ser humano, a água.
O objetivo principal do ato foi alertar a população para os perigos destes contratos de subdelegação que não são bons nem para a Saneago, muito menos para os municípios e também para a população. O argumento principal é o da universalização dos serviços de água e esgoto. Mas a custa de quê?
Com a privatização, as empresas privadas poderão reajustar as tarifas de acordo com critérios delas. Será que a população carente, que não mais poderá contar com a tarifa social (de acordo com o acordo firmado), terá condições de arcar com os custos desta água e deste esgoto?
É dever dos municípios e também do Estado (através da Saneago) universalizar o saneamento básico em Goiás de forma competente, justa e, acima de tudo, de forma a atender as populações necessitadas, inclusive no sentido de dar condições a elas de pagarem as tarifas cobradas.
As empresas privadas, que visam o lucro acima de tudo, estão preocupadas única e exclusivamente com o seu faturamento no final do mês. E este é exatamente um dos grandes riscos destas subdelegações: quem mais precisa de água vai ficar sem.
Marcha – Os trabalhadores marcharam do Cepal do Setor Sul até o Palácio Pedro Ludovico Teixeira. No local, todas as entidades participantes puderam falar e contribuir com a luta que não é apenas dos trabalhadores da Saneago, mas de toda a população goiana.
Todos eles apontaram o quão prejudiciais são estes contratos e a importância de nos mantermos mobilizados para que o governo e os prefeitos recuem desta posição. Recursos federais para serem investidos no saneamento existem, porém, é preciso que se tenha projetos para recebê-los.
Em sua fala, o diretor do Stiueg, Washington Fraga, afirmou que “as empresas privadas pegam recursos públicos para financiar suas obras, ou seja, quem acaba pagando pelas obras e ainda dando lucros exorbitantes aos empreiteiros, são os contribuintes”.
Ao final do ato ficou acordado entre todos os participantes que novas lutas, marchas e atos virão e que devemos nos manter mobilizados. Enquanto isto o Stiueg continuará procurando contato com o governo do Estado para apresentar alternativas a estes contratos de subdelegação.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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