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Eletrobras planeja assumir Celg em janeiro

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16/12/2011

 

Depois de assinar com o governo de Goiás o protocolo de intenções para a operação da Celg, a Eletrobras planeja assumir a gestão em janeiro. A intenção já foi manifestada por representantes da estatal federal nas reuniões para discutir a formatação do acordo de acionistas, considerado o passo final para o fechamento oficial da operação.

A maior preocupação da Eletrobras é estar no controle da Celg quando R$ 3 bilhões do empréstimo a ser contratado pelo Estado já estiverem no caixa da companhia. Do total de R$ 3,527 bilhões, R$ 1,7 bilhão será liberado em 29 de dezembro e R$ 1,3 bilhão ao final de janeiro, segundo o cronograma elaborado em conjunto entre os dois governos.

O protocolo de intenções, assinado na noite de quarta-feira, traz os termos do acordo, que inclui a transferência de 51% do capital acionário para a estatal federal, e os próximos passos para fechar a operação. O POPULAR antecipou no dia 29 de novembro os principais pontos do acerto, que prevê o fechamento do capital da holding CelgPar e investimentos de R$ 1,2 bilhão na distribuidora até 2015.

A Eletrobras divulgou ontem comunicado ao mercado confirmando a assinatura do protocolo, mas não deu detalhes do documento. "A concretização da referida operação depende de diversas autorizações em diferentes esferas, não podendo, portanto, ser detalhada neste momento. Posteriormente divulgaremos Comunicado ao Mercado com detalhes da operação e agendaremos teleconferência para maiores esclarecimentos", informa a nota, assinada pelo diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Armando Casado de Araújo.

A direção da Celg alega cláusula de confidencialidade para justificar a não-divulgação do protocolo. A companhia divulgou nota citando pontos já conhecidos do acordo com o governo federal.

Na segunda-feira, representantes da Eletrobras e da Celg vão intensificar as discussões com objetivo de formatar o acordo de acionistas, que vai detalhar e aprofundar as diretrizes contidas no protocolo de intenções. "O protocolo é como se fosse uma lei. O acordo de acionistas seria a regulamentação", explica o presidente da Celg, Humberto Eustáquio. "O acordo vai estabelecer premissas e responsabilidades para a operação funcionar", completa.

Humberto afirma que a Eletrobras estabelece "prazos apertados" e que não é possível garantir que a estatal federal esteja no controle em janeiro. Outros técnicos ouvidos pela reportagem também consideram a meta da estatal federal ousada, mas afirmam ser plenamente possível a transferência oficial da gestão logo no início de fevereiro.

Gestão

O governo estadual comemorava ontem o fato de o protocolo de intenções conter o compromisso de contratação de headhunter (profissional ou empresa responsável por selecionar e indicar nomes qualificados) para definir a nova gestão da Celg.

O governador Marconi Perillo (PSDB) afirma ter sugerido ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão - que comandou as negociações por parte da União -, a contratação de headhunter para evitar novas ingerências políticas no comando da empresa.

Logo que foi divulgado o avanço na negociação com o governo federal, cresceram as especulações de que um aliado político do governo Dilma Rousseff em Goiás poderia assumir a presidência da Celg.

O ministro já havia manifestado, no entanto, a intenção da Eletrobras de indicar técnicos da estatal federal para a gestão. O acordo de acionistas vai estabelecer como será a definição da escolha do headhunter. Segundo a nota da Celg, também estarão no documento a qualificação e os requisitos mínimos a serem exigidos aos novos diretores.

Paralelamente ao acordo de acionistas, deve avançar na próxima semana o fechamento do Programa de Ajuste Fiscal (PAF), por parte do Ministério da Fazenda, que permitirá o endividamento do Estado no valor de até R$ 5,2 bilhões (leia mais em reportagem nesta página) .

Funcionários

Um dos representantes da Celg na discussão do acordo de acionistas, o diretor financeiro da companhia, Fernando Navarrete, garantiu ontem que está descartada a possibilidade de demissão de funcionários no acordo com a Eletrobras. Segundo ele, a companhia apresenta gastos com pessoal inferiores ao referencial estabelecido no mercado.

Navarrete afirma que a empresa deve reduzir gastos com terceirizados, mas o corte caberá à Eletrobras. "Provamos que não há necessidade de cortes no quadro de funcionários. Isso está totalmente descartado", disse.

Assinaram o protocolo de intenções o governador, o procurador-geral do Estado, os secretários de Estado da Fazenda e de Infraestrutura, presidentes e diretores financeiros da Eletrobras e da Celg. Segundo a nota divulgada pela Celg, o documento foi referendado pelos ministros de Minas e Energia e da Fazenda.

Jornal OPopular / Fabiana Pulcineli16 de dezembro de 2011 (sexta-feira)

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