Será realizada na próxima segunda-feira (19), a partir das 9h, no auditório da PUC-Go (em frente à sede da Saneago), a primeira audiência pública para debater as PPPs (Parcerias Público-Privadas) do saneamento goiano. O Stiueg convoca todos os trabalhadores da Saneago da capital a participarem da audiência para cobrar do governo a não privatização de nosso saneamento.
O que o sindicato questiona é o porquê desta privatização, através das PPPs, já que a empresa está com as contas no azul, arrecada média de R$ 100 milhões ao mês e nos últimos cinco anos consolidou R$ 1 bilhão em investimentos públicos (como afirmou matéria do jornal O Popular da última segunda-feira - http://www.stiueg.org.br/MostraNoticias.asp?CodNoticia=6285&CodTipoNoticia=1).
Apesar de tudo isto, a Saneago quer entregar à iniciativa privada, o serviço de coleta de esgoto de diversos municípios goianos de grande porte: Aparecida de Goiânia, Anápolis, Jataí, Rio Verde e Trindade. Sob o argumento de que não tem verbas para investir em saneamento, a empresa goiana está entregando aos empresários um dever que é seu, o de investir no saneamento básico.
Segundo o primeiro diretor administrativo do Stiueg, João Maria Oliveira, apesar de a estatal afirmar que não haverá aumento de tarifa, obviamente, o cidadão arcará com este “investimento”, fazendo com que os lucros das empresas privadas envolvidas sejam enormes. “Estes aumentos podem não vir especificamente nas tarifas das cidades envolvidas, mas, certamente, serão rateados para toda a sociedade goiana, inclusive nas tarifas daqueles cidadãos que não têm, sequer, um m³ de esgoto tratado”, finaliza.
Outra questão levantada pela matéria do jornal O Popular foi a de que, fora Aparecida de Goiânia, o cenário do saneamento das outras quatro cidades não é tão ruim quanto o de centenas de outras cidades goianas. Então, se o objetivo das PPPs é universalizar o saneamento, por que não começar pelos locais que mais precisam e não pelas cidades que darão mais lucro?
E este é exatamente um dos grandes riscos das PPPs: quem mais precisa de água vai ficar sem. “Se o poder público chama investidores privados para investir no setor, se alia a grupos que visam apenas o lucro. Portanto, esses investidores não vão atuar nas áreas mais carentes de abastecimento, como favelas e fundos de vales”, explica o presidente da Federação Nacional dos Urbanitários, Franklin Moreira Gonçalves.
Esta é uma luta que está apenas no começo e, para que possamos ser vitoriosos, precisamos da mobilização de todos os urbanitários. Vão ser disponibilizados ônibus nos locais de trabalho, assim, todos os trabalhadores poderão ir à audiência. Para que os trabalhadores do interior não fiquem fora desta luta, já está sendo organizado para a próxima semana um grande ato e o lançamento da Campanha Nacional contra a privatização da água e do esgoto.
Participe e mobilize-se!
*Com ajuda do portal da FNU
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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