O Governo do Estado entregou a CELG! Após décadas de desmando, após recusar o acordo de 2010 que permitia “salvar” a CELG sem perder o controle acionário, depois de vacilos e decisões erradas, após afundar a Empresa em mais R$1 bilhão, o Governo entrega a CELG à Eletrobrás.

Muitas firulas serão ditas, mas o fato incontestável é: nos últimos 20 anos a elite goiana dilapidou o patrimônio público. Por incompetência, cor contratos superfaturados, questionamentos na justiça e ministério público, sucessivos governos faliram uma empresa tocada a água.

Vamos virar a página, sim. Mas não vamos esquecer o que foi escrito. Em 2010 a salvação da Empresa custava 8% das ações, hoje (pelas informações preliminares) custa 51%. Não vamos esquecer também que nossos governantes torraram R$7 bilhões, se esquecermos torrarão outros 7 bi. Doravante, a política energética e de desenvolvimento de Goiás será decidida por Brasília (ou Rio de Janeiro), com todas as desvantagens disso.

O STIUEG não tem o que esconder ou esquecer e repetimos: somente sob controle dos trabalhadores e da sociedade é que o patrimônio público estará protegido dos gananciosos da privatização/terceirização e PPP’s.

Para discutir as negociações do acordo Celg-Eletrobras será realizada no próximo dia sete de dezembro uma audiência pública na assembléia legislativa, na qual o Stiueg irá reivindicar:

• A blindagem da Empresa contra os politiqueiros;
• Garantias à sociedade do atendimento às demandas sociais, dos empregos e do cumprimento dos acordos coletivos;
• Fim da terceirização com concurso público;
• Permitir aos trabalhadores da CELG G&T a opção de migrar para a CELG D;

O alívio da federalização, trazendo o fim da aflição aos trabalhadores não pode arrefecer nossa luta. Nossas metas continuam sendo a garantia de uma administração idônea do patrimônio público (que era só dos goianos e agora é dos brasileiros). Nossos olhos se voltam para o ano de 2015, pois com muita sanha os privatistas querem entregar o restante do patrimônio público, mas eles nos encontrarão alertas, em 2015 queremos retomar o setor elétrico.