A população de Goiânia e de oito municípios do interior voltou a sofrer ontem os transtornos causados por um novo apagão em uma das subestações da Companhia Energética de Goiás (Celg). É o 12º apagão no Estado em menos de dois meses. O blecaute durou 40 minutos e atingiu cerca de 230 mil imóveis residenciais e comerciais. Além de afetar o funcionamento de empresas, indústrias, hospitais e estabelecimentos comerciais, a falta de energia causou pane nos semáforos, provocou acidentes e deixou dezenas de pessoas presas em elevadores.
As quedas de energia em grande proporção têm se tornado frequentes em Goiás. Desde o início de setembro já ocorreram quatro blecautes relacionados ao sistemas de distribuição e transmissão e outras oito quedas de energia decorrentes de problemas causados pelo vento e pela chuva. A Celg está entre as empresas de energia elétrica que tiveram de pagar os maiores valores como ressarcimento a seus clientes por interrupções no fornecimento de energia (veja reportagem ao lado).
Em 2 de setembro, um problema no sistema de distribuição da Usina de Itaipu, no Paraná, causou a interrupção de energia em Goiás por 20 minutos e em outros nove Estados. No dia 29 de setembro, uma queimada na linha de transmissão Bandeirante - Samambaia, que liga Aparecida de Goiânia a Brasília, ocasionou um apagão de 1 hora e 27 minutos, que afetou 52% da população goiana. No último dia 20, defeitos em dois alimentadores na Subestação Atlântico, no Parque Amazônia, deixaram às escuras moradores de bairros da Região Sul de Goiânia.
Acidentes
Conforme a Celg, o apagão de ontem ocorreu às 13 horas, na Subestação Xavantes. O problema estendeu-se até as 13h40 e atingiu parte de Goiânia e de Inhumas, Nerópolis, Itaberaí, Goiás, Itapuranga, Trindade, Petrolina e São Francisco de Goiás. O blecaute interrompeu a transmissão de 307 megawatts, o que representou um quinto do sistema elétrico da Celg.
Na semana passada, o Ministério das Minas e Energia assinou a portaria 593 em que aprova enquadrar projetos de reforços e melhorias em instalações de transmissão de energia em três subestações da Celg em Goiânia. Serão beneficiadas as Subestações Goiânia Leste, Carajás e Xavantes , onde ocorreu o problema que causou o apagão de ontem.
Só em Goiânia, conforme a Celg, a pane no sistema de energia elétrico atingiu cerca de 150 mil unidades consumidoras. Nos demais municípios, cerca de 80 mil imóveis sofreram os efeitos do desligamento. Os registros da Agência Municipal de Trânsito (AMT) revelam que nos 40 minutos de apagão 50 semáforos instalados na capital deixaram de funcionar, causando engarrafamento e lentidão no trânsito e estresse nos motoristas.
Ontem foi um dia considerado atípico, com recorde de acidentes de trânsito sem vítimas. Conforme levantamentos da AMT, até as 18 horas foram notificados 87 desastres, número bem superior à média diária de 60 ocorrências. O diretor de Trânsito da AMT, Miguel Carlos Leite Ferreira, diz que os técnicos não tiveram condição de fazer uma análise detalhada do motivo do avanço de casos.
Audiência
O governador Marconi Perillo e o presidente da Celg, José Eliton, tentam se encontrar com o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão. Estava marcada uma reunião para ontem, que acabou sendo adiada novamente. A expectativa é conseguir uma solução para os problemas financeiros da companhia, que acumula dívidas milionárias, com a contratação de empréstimo.
26 de outubro de 2011 (quarta-feira)
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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