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Crise da Celg - Prefeito pode integrar negociação

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25/10/2011

 

Num gesto de que visa se reforçar politicamente para as negociações com o governo federal em torno de uma saída para a Celg, o governador Marconi Perillo (PSDB) articula a presença do prefeito Paulo Garcia (PT) e de outras lideranças petistas locais na nova audiência no Ministério de Minas e Energia (MME), que deve ocorrer ainda esta semana.

A reunião, que estava marcada para hoje, foi adiada na tarde de ontem em virtude de indisponibilidade de agenda do ministro Edison Lobão, e ainda não foi remarcada. Paulo Garcia, que participou de pelo menos três eventos ao lado de Marconi durante as comemorações do 78° aniversário de Goiânia ( leia reportagem ao lado ), foi convidado pelo próprio governador. Apesar de não ter confirmado presença, a ida de Paulo é dada como certa por aliados.

Segundo fontes ligadas ao prefeito, o prefeito ainda aguardava ontem um reforço do convite por parte de Marconi, com a confirmação da nova data da reunião com o ministro Lobão. Os deputados federais Rubens Otoni e Marina Sant'Anna também devem ser convidados. O governo tem esperanças de que a próxima rodada de negociações feche o acordo financeiro para sanar as dívidas da estatal.

A proposta atual prevê zerar todo o passivo da companhia até 2015, levando em conta o prazo final da concessão. Segundo a Eletrobras, seria necessário um empréstimo de R$ 3,4 bilhões para garantir que as contas da Celg ficassem no azul dentro de três anos, valor que a direção da companhia considera superestimado.

O governo estadual espera que a presença de Paulo e de deputados petistas facilitem as negociações e seja um sinal positivo da sigla em Goiás para o acordo, permeado por reclamações de interferências políticas dos dois lados.

Em entrevista concedida em julho, o governador citou que ações políticas estariam atrapalhando o acordo. Do outro lado, o ministro Lobão disse em março que lamentava que "dificuldades de natureza política" interromperam a concretização da proposta fechada no final do ano passado, com o ex-governador Alcides Rodrigues (PP). Em 2010, Marconi atuou contra o empréstimo de R$ 3,728 bilhões, com termos semelhantes aos das negociações atuais.

Um petista com trânsito no governo federal disse ao POPULAR que "atores" de seu partido, incluindo Paulo Garcia, estão dispostos a colaborar com as negociações. "Eles estão dispostos a ir (para Brasília) para mostrar que o PT apoia o acordo. O PT quer estar junto e está preocupado em dar o tratamento correto a esse assunto, que é complexo e envolve uma questão que não deve ser analisada de forma política, mas como uma operação financeira complexa e delicada, com mais de dois lados envolvidos."

Apesar da pressa do governo estadual em resolver a situação, fontes do Palácio do Planalto acreditam que a negociação ainda se arrastará por alguns meses. "A complexidade técnica e financeira é bem maior do que a política. O acordo agora prevê uma nova equação e nove meses de negociação é pouco para uma operação desse porte", diz uma fonte petista, que acredita ser "desnecessária" uma articulação política entre Marconi e PT neste momento.

Auxiliares do Paço Municipal comentam que a atitude do governador também reflete uma "convivência necessária" entre governo e Prefeitura, onde os dois lados estariam dispostos a ajudar na solução de questões delicadas das duas administrações. No caso de Paulo, um dos grandes gargalos é o Mutirama, alvo de denúncias que teriam sido objeto de conversa tensa entre ele e o governador, quando discutiram a atuação de vereadores ligados ao tucano em relação ao caso.

Mais uma sinalização de boa convivência administrativa foi o fato de Marconi não ter levado com ele para o desfile do aniversário de Goiânia nenhum dos pré-candidatos a prefeito de sua base. O tucano mostra disposição de retardar o natural acirramento político da disputa eleitoral de 2012, quando Paulo Garcia vai tentar a reeleição.

Nos bastidores, representantes da Celg e da gestão estadual têm dito que, se não for definido um acordo esta semana com o governo federal, o governador vai intensificar as conversas com outros grupos, como a Companhia Paranaense de Energia (Copel), a Cemig, em Minas Gerais, e a Celesc, em Santa Catarina.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico , o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer, disse ter R$ 1,5 bilhão em caixa para investir em outros negócios e admitiu que participações no grupo Rede e na Celg estão em estudo.

Jornal OPopular / Caio Henrique Salgado25 de outubro de 2011 (terça-feira)

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