Governador diz que acerto nos preços vai ajudar no equilíbrio financeiro da estatal. Diretoria deve insistir em aumento de 51,4%
Embora seja bem inferior ao porcentual reivindicado pela Celg, o reajuste tarifário de 13,05% autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é considerado razoável pelo governador Marconi Perillo (PSDB). Ontem, durante o desfile cívico-militar, ele disse que, quando aplicado, o reajuste vai permitir uma "boa recomposição do ponto de vista de equilíbrio financeiro" da companhia.
Com o diálogo retomado com a Eletrobras, o governador afirmou ainda que acredita que a solução definitiva para a Celg está próxima. Na semana passada, a companhia encaminhou à estatal federal mais informações sobre a situação financeira. Desde janeiro, o governo estadual tenta fechar acordo para a dívida de cerca de R$ 2,2 bilhões com o sistema elétrico. Somente após se tornar adimplente com o setor, a Celg tem autorização de aplicar o reajuste aprovado na terça-feira pela Aneel.
Marconi admitiu que as dificuldades financeiras da companhia têm prejudicado o setor industrial, mas afirma que já foram retomados investimentos importantes. O POPULAR mostrou na segunda-feira que há retração de 1% no setor por conta da falta de atendimento da Celg.
"Já retomamos, não no ritmo que gostaríamos, mas retomamos alguns investimentos importantes. E já conseguimos colocar as obrigações de curto prazo com fornecedores e empreiteiros em dia. Estamos pagando e diminuindo também as dívidas com os bancos. O que falta agora é apenas um encontro de contas, um acerto, uma pactuação, com o sistema Eletrobras para que aquelas dívidas maiores intrassetoriais sejam quitadas a médio e longo prazos", disse o governador. O governo goiano já apresentou proposta de cessão de parte das ações à estatal federal, no limite de 49%, e aguarda contraproposta.
A direção da Celg informou anteontem que vai entrar com recurso na Aneel insistindo no reajuste de 51,4%, que considera as perdas dos últimos cinco anos, quando a companhia ficou impedida de aplicar o reajuste por conta da inadimplência. Marconi disse que o governo entende que o porcentual pesaria muito no bolso do contribuinte e que, por isso, a Celg propôs a aplicação gradativa do porcentual. Apesar da tentativa da Celg, a Aneel já sinalizou no julgamento de dois recursos referentes a anos anteriores que a legislação não admite compensação das perdas.
08 de setembro de 2011 (quinta-feira)
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