Com o mercado imobiliário aquecido e os bancos disputando os clientes, o percentual financiado do valor da moradia vem crescendo e atingiu 62,7% do total, na média, no primeiro semestre.
Esse percentual supera o contabilizado no mesmo período de 2010 (61,9%).
Os dados divulgados ontem pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) consideram empréstimos com recursos da caderneta.
Em 2005, os mutuários davam entrada de mais da metade do valor do imóvel financiado, restando aos bancos liberar 47,9%.
Para Luiz Antonio França, presidente da entidade, "80% é um número saudável para padrões mundiais".
Esse percentual é o limite nos grandes bancos privados, nível que chega a 90% no Banco do Brasil e na Caixa.
A opinião é compartilhada por João da Rocha Lima Jr., professor titular de "real estate", núcleo da Poli/USP.
"O risco de crédito é muito baixo quando se tem um mercado regulado, se são preços justos e não artificialmente inflados como nos EUA", afirma Lima Jr., ressaltando, porém, que já há casos em alguns bairros em que o aumento não se justifica.
Vale lembrar que, além desse teto, o valor financiado pelo banco depende do salário do mutuário, já que só é possível comprometer cerca de um terço da renda mensal familiar com as prestações.
As operações com recursos da poupança atingiram R$ 37 bilhões no semestre, com alta de 55%, registrando o melhor resultado na série histórica, iniciada em 1967.
Em número de financiamentos, foram 236,5 mil unidades, alcançando também um novo patamar, com expansão de 26% na mesma comparação -a diferença entre os aumentos mostra a elevação no preço.
Junho, por sua vez, teve o melhor desempenho mensal.
De olho nessa expansão, a Abecip vai começar a certificar profissionais que atuam no mercado imobiliário.
O primeiro teste ocorre neste mês e será aplicado a quem trabalha em bancos, securitizadoras e companhias hipotecárias.
TATIANA RESENDE - FOLHA DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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