As bacias de dois importantes rios goianos, o Meia Ponte e o São Bartolomeu, têm situação muito crítica com relação à disponibilidade e à qualidade de água. Os rios e seus afluentes são responsáveis pelo abastecimento de mais da metade da população goiana e, justamente por isso, sofrem o impacto do crescimento das cidades e da poluição.
Além disso, por conta da demanda alta, principalmente nas regiões mais habitadas, muitos municípios já dependem da indicação de novos mananciais para abastecimento futuro, assim como da ampliação da rede atual. As informações fazem parte do relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil, divulgado ontem em Brasília pela Agência Nacional de Águas (ANA).
A bacia do Meia Ponte é responsável pelo abastecimento da Região Metropolitana de Goiânia e corta região onde moram mais de 40% dos goianos. Já a do São Bartolomeu é responsável pelo abastecimento do chamado Entorno Sul do Distrito Federal, onde vivem mais de 15% dos goianos. De acordo com a ANA, a situação dos dois é muito crítica, a exemplo de outras regiões metropolitanas (2,2% das bacias).
As duas bacias de rios goianos constam no relatório como em categoria de 'criticidade quali-quantitativa'. Isso quer dizer que eles têm problemas tanto com relação a qualidade quando a quantidade de água. Ele apresentam alta demanda pelo uso e grande carga de lançamento de esgotos em suas águas.
Os dados do levantamento têm como base estudos feitos em 2010. Em levantamento anterior, divulgado no início de 2009, o Meia Ponte apareceu como um dos sete rios mais poluídos do Brasil, na mesma lista do Rio Tietê, em São Paulo. Dessa vez o relatório não trouxe um ranking parecido.
O engenheiro José Ubaldo Teles, assessor da presidência da empresa de Saneamentos de Goiás (Saneago), explica que a qualidade da água é uma das grandes preocupações da companhia. "Além do tratamento do esgoto já existente, é preciso pensar em um trabalho preventivo para que a situação não piore. A Saneago tem uma política de tentar conter a ocupação urbana de pontos acima das captações de água", exemplifica.
Um dos trunfos da empresa, a curto prazo, é o investimento na criação de interceptores para evitar que esgoto clandestino e sem tratamento sejam jogados diretamente nas águas do rio.
Abastecimento
Outro aspecto do diagnóstico é com relação à situação atual do abastecimento público em Goiás. Regiões importantes como a da própria capital e o Entorno de Brasília, aparecem numa lista de necessidade de indicação de novos mananciais e de ampliação do sistema atual. Na mesma linha estão municípios como Anápolis, Rio Verde, Jataí, Mineiros e Catalão, além de outros menores.
O pior é que o relatório aponta para um futuro próximo (2015), para ampliação do sistema e estudos para indicação de novos mananciais. No País, são necessários mais de R$ 22 bilhões em investimentos em 55% dos mais de 5.500 municípios.
"Temos vários estudos em andamento no Estado para a identificação de novos mananciais. Além disso, já há a previsão de investimentos na ampliação da rede de água e esgoto em todo o Estado", explica o assessor da presidência da Saneago, José Ubaldo. No caso específico da região metropolitana da capital, ele explicou que existem estudos em córregos da região Norte da capital e do Ribeirão Caldas, em um município vizinho.
O estudo é exigência do Conselho Nacional dos Recursos Hídricos para acompanhamento anual da condição dos recursos hídricos e de sua gestão. Verifica, além da disponibilidade, os tipos de uso da água nas bacias do País. Numa visão macro, identificou melhoria da qualidade da água dos rios brasileiros nos últimos anos.
Fonte: Jornal O Popular
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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